Município de Monforte recusa mudar nome à Praça José Carlos Malato

Foto: Instagram José Carlos Malato

A revolta gerada com os comentário de José Carlos Malato, a 25 de janeiro, depois de André Ventura ter sido o segundo candidato à presidência da República com maior votação em vários concelhos da região Alentejo, resultou numa petição dirigida ao presidente da Câmara de Monforte, a pedir a alteração à toponímia da praça daquela localidade com o nome do apresentador de televisão.

De recordar que José Carlos Malato disse que o Alentejo era “uma vergonha”, pelo que, a partir daquele dia, seria lisboeta, declarações que o presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lagem, considera “tristes” e “pouco democráticas”. Ainda assim, a petição e o pedido associado, não foram aceites pelo Município, até porque, se assim fosse, estaria a ter “uma reação à ação”.

“Houve uma petição e uma revolta social, compreensível, mas essa revolta também foi a quente e, de alguma forma, irrefletida. A democracia oferece-nos isso: a possibilidade de fazer uma petição, de haver uma convocatória da sociedade, perante aquilo que acreditam piamente. Aos executivos compete analisar, de forma serena, pelo que não podemos reagir de uma forma igualmente populista às declarações proferidas”, esclarece o autarca.

Gonçalo Lagem lembra que a atribuição do nome de José Carlos Malato ao largo em questão foi da responsabilidade do executivo de 2005, pelo que não caberia ao atual atuar no sentido de retirar o nome do apresentador do referido espaço. “Foi a decisão mais acertada deste executivo e foi uma decisão por unânime, onde estão representadas duas forças políticas”, diz ainda, garantindo que não se “pode andar atrás do sabor de reações irrefletidas e a quente”.

A petição contou com mais de quatro mil assinaturas, sendo apresentadas, como alternativas, ao Largo José Carlos Malato, os nomes “Praça dos Monfortenses” ou “Largo da Biblioteca”, como era antes conhecido.