Vila Boim: “Azeite, dificilmente, chegará até à proxima campanha”

Com o ano de 2021, a bater todos os recordes do sector oleícola, com 200 mil toneladas de azeite e 700 milhões de euros em exportações, 2022, vai ser um ano de contra-safra e a quebra na produção de azeite já é uma realidade.

Na Cooperativa Agrícola de Olivicultores de Vila Boim, a quebra “é de cerca de 66 por cento, em relação a um ano dito normal. Diariamente, a entrega de azeitona rondaria os 25 mil quilos, sendo que este ano ronda os nove mil quilos”, de acordo com Patrícia Cachapa, diretora de produção da Cooperativa de Vila Boim.

De acordo com a responsável, esta quebra de produção “resultou da conjugação de diversos fatores. Tivemos problemas de floração, fecundação e a própria viabilidade dos frutos, devido à onda de calor. Da pouca produção que já existia, perdeu-se bastante e houve queda de frutos na altura. Para além disso, houve ataques de mosca da azeitona, nos meses de verão e afetou tudo”.

Esta redução significativa na produção de azeite levou já à diminuição, para metade, do número de trabalhadores na cooperativa durante esta campanha, como nos referiu Patrícia Cachapa. Por outro lado, “menos azeite vai levar ao aumento do preço de venda ao público. Ao mesmo tempo, não vamos ter quantidade suficiente para a procura. Este ano, dificilmente vamos ter produção suficiente para dar até à próxima campanha”.

O azeite produzido em Vila Boim é feito, sobretudo, “de azeitona colhida em olival tradicional, o que faz com que as variedades, que nós moemos aqui, sejam portuguesas e atribuam ao azeite um sabor diferente”.

A campanha de apanha da azeitona deverá decorrer, em Vila Boim, até ao início de Janeiro. Em 2023, a cooperativa não vai ter quantidade suficiente de azeite, para vendam, até ao final da próxima campanha.

“Olival é o grande volume da herdade e diminuição faz diferença”, diz Alfredo Peneda

A produção de azeite deverá sofrer, este ano, a nível nacional, uma quebra superior a 50 por cento.

Alfredo Peneda (na foto), engenheiro responsável pela campanha de apanha da azeitona na Herdade d’Alcobaça, em São Vicente e Ventosa, no concelho de Elvas, explica que, “devido à elevada produção do ano passado, a árvore perde este ano algum fruto. Por outro lado, as temperaturas elevadas de final de Maio, altura em que a árvore estava na floração, levaram à secagem de algumas flores das árvores”.

Em São Vicente, a apanha da azeitona deverá decorrer até meados de Dezembro. “No olival mais antigo, a quebra deverá ser de cerca de 40 por cento. Já no olival mais novo, a diferença, em relação a 2021, deverá rondar os 20 por cento. Esta diminuição, para a economia da Herdade, faz alguma diferença. É verdade que nós temos animais, amêndoa e vinha mas o olival é o grande volume de negócio”.

De acordo com Alfredo Peneda, o azeite da Herdade d’Alcobaça é produzido “apenas com produção própria e com azeitona do ar, ou seja, não se utiliza fruta do chão. O nosso azeite é distribuído nas grades superfícies comerciais e caracteriza-se por ter uma baixa acidez, com frutado intenso e um ligeiro picante. Deve ser dos azeites do mercado que dura mais tempo na garrafa, se estiver guardado em ótimas condições”.

Alfredo Peneda garante que, “hoje em dia, com todas as técnicas utilizadas para apanhar a azeitona, a qualidade do azeite está assegurada”.

O ano passado, na Herdade d’Alcobaça, em São Vicente e Ventosa, foram colhidas cerca de cinco mil toneladas de azeitona, o que se traduziu em, aproximadamente, 850 toneladas de azeite, valores muito acima do normal. Este ano, a quebra ronda os 40 por cento em alguns tipos de azeitona e os 20 por cento nos olivais mais novos.

Ciclo de Conferências Terras do Borrego arranca em Portalegre

Arranca esta quinta-feira, dia 24 de novembro, o ‘Ciclo de Conferências Terras do Borrego’, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Sousel, no âmbito do projeto “Sousel, Capital do Borrego”, que visa promover e valorizar a presença histórica do gado ovino no concelho e na sub-região do Alto Alentejo.

A primeira conferência, cujo tema irá recair sobre a “Presença Histórica do Merino”, terá lugar no Centro de Congressos de Portalegre, pelas 15 horas, e irá analisar sob diversos horizontes daquela que é a raça autóctone de maior implementação na região.

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A cerimónia, com início previsto para as 15 horas, arranca com uma sessão de boas-vindas levada a cabo pela presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Fermelinda Carvalho, seguida de uma série de intervenções de individualidades ligadas ao setor: João Guilherme Dias, médico veterinário da Pasto Alentejano (a maior exploração ovina da Península Ibérica, sediada em Sousel); Pedro Vieira, chefe de divisão do Gabinete de Recursos Genéticos Animais da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV); e Tiago Perloiro, diretor executivo da Associação Nacional de Criadores de Ovinos de Raça Merino (ANCORME). A cerimónia encerra com o discurso de Manuel Valério, presidente da Câmara Municipal de Sousel, e com um pequeno momento lúdico musical.

O ‘Ciclo de Conferências Terras do Borrego’ tem prevista uma passagem por cada um dos 15 concelhos do distrito de Portalegre ao longo do próximo ano, e tem como objetivo fulcral criar um portal de conhecimento e partilha entre os players e os stakeholders do setor, desde os empresários, aos produtores, aos veterinários, aos historiadores e aos decisores públicos.

Esta iniciativa decorre da afirmação de Sousel enquanto capital oficial do Borrego, devido ao reconhecimento atribuído à tradição secular da exploração ovina no concelho, resultante na afirmação do território como o maior produtor e fornecedor de carne de borrego do país, com mais de 80 explorações, entre as quais a Pasto Alentejano, a maior da Europa com certificação de Bem-estar Animal de acordo com os critérios internacionais.

O objetivo da marca “Sousel, Capital do Borrego” é promover a região de Sousel e do Alto Alentejo, bem como o seu património cultural, enquanto contribui para alavancar a economia local, estimulando todos os setores associados à produção e exploração de borregos, ao emprego, à exportação, ao turismo e a tantos outros setores da economia.

O ‘Ciclo de Conferências Terras do Borrego’ é uma das ações promocionais que fazem parte do projeto, em paralelo com a quinzena gastronómica Terras do Borrego, que teve em abril deste ano a 1ª edição, e que estará de regresso às mesas do Alto Alentejo no período de Páscoa do próximo ano.

A sessão será aberta ao público em geral.

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Guias prestam provas em Portalegre

Alunos do curso para Guia Intérprete Regional do Alentejo, realizado no passado ano letivo, na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, estão a prestar provas, entre os dias de hoje e amanhã, para receberem o título de guias intérpretes oficiais. A ação está a decorrer em Portalegre, naquela que é a primeira vez que são realizadas provas pelo Sindicato Nacional da Actividade Turística Tradutores e Intérpretes para Guia Intérprete Regional do Alentejo.

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Estes dois dias são muito importantes para os alunos que estão a realizar os exames porque representam o final de um ciclo que lhes permite iniciar a sua própria atividade enquanto guias intérpretes regionais. O curso criado pela EHT Portalegre cumpre, assim, o seu principal propósito, o de formar pessoal qualificado para tornar o Alentejo um destino turístico cada vez mais competitivo.

“A Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre tem procurado variar a sua oferta formativa no sentido de capacitar a região e o país de mais e melhores recursos que os tornem mais fortes e atraentes a nível turístico. Foi nesse sentido que realizámos o curso de Guia Intérprete Regional do Alentejo. A parceria com ao SNATTI foi essencial para formarmos e capacitarmos estas pessoas que, a partir de agora, estão em condições de prestar um serviço melhor a todos aqueles que nos visitam”, afirmou a diretora da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, Maria Conceição Grilo.

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Judiciária deteve 35 pessoas de rede criminosa

A Polícia Judiciária (Judiciária) deteve hoje 35 pessoas, de uma alegada rede criminosa que contratava trabalhadores estrangeiros para agricultura no Baixo Alentejo, no âmbito de inquérito titulado pelo DIAP de Lisboa.

Em comunicado, a Judiciária explica que a Unidade Nacional Contra Terrorismo, em conjunto com um contingente de policial de quase 400 operacionais, realizaram uma ação em várias localidades do Baixo Alentejo, onde foram detidos 35 homems e mulheres entre os 22 e os 58 anos de idade, com nacionalidade portuguesa e de outras nacionalidade, alegadamente pela prática de crimes de associação criminosa, de tráfico de pessoas, de branqueamento de capitais, de falsificação de documentos.

O comunicado informa que “os suspeitos, integram uma estrutura criminosa dedicada à exploração do trabalho de cidadãos imigrantes, na sua maioria, aliciados nos seus países de origem, desde Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos, Argélia, entre outros, para trabalhar em explorações agrícolas” em Portugal.

No total, a Judiciária realizou 65 buscas domiciliárias e não-domiciliárias.

Na sequência desta ação policial, resultou a apreensão de vários elementos probatórios, bem como a identificação de dezenas de vítimas.

Esta operação contou com a colaboração de várias entidades estatais e não estatais, quer em apoio logístico, quer no encaminhamento das vítimas.

Exposição de María José Gallardo no MEIAC em Badajoz

A exposição “Aprended, mortales, a mirar las cosas del cielo”, de María José Gallardo, É inaugurada esta sexta-feira, 25 de novembro, no MEIAC, em Badajoz, pelas 19 horas.

Em 1506, o mestre Rodrigo Fernández de Santaella, clérigo e doutor em Teologia, patrocinou a criação daquela que viria a ser a sua Universidade de Sevilha. Os restos mortais deste humanista, teólogo e pregador repousam no interior da pequena capela de Santa María de Jesús, único vestígio da primitiva fundação universitária, edifício de uma só nave presidido por um impressionante retábulo gótico no qual se adivinha a formas da Renascença características do pintor Alejo Fernández. Na laje que cobre o seu túmulo pode-se ler a frase “Aprended, mortales, a mirar las cosas del cielo”.

María José Gallardo resgata essa frase do epitáfio de Mestre Rodrigo para dar título a esta exposição que agora se apresenta no MEIAC. A proposta, uma produção do próprio museu, representa uma recriação paradoxal, surpreendente e pouco fiel da atmosfera secularmente mantida na capela de Sevilha onde repousam os restos do religioso.

Um espaço intencionalmente criado para predispor uma atitude ativa do visitante como único intérprete da obra do artista. As obras que compõem esta mostra, incitam o observador a forçar uma interpretação subjetiva das formas e cenas sugeridas, carregadas de simbologia e extraídas de fontes díspares, alteradas e justapostas, em que estilos totalmente misturados oposto. Esta proposta, que dá continuidade à trajetória do Projeto Post Local do MEIAC, abre uma nova etapa da série com um conceito renovado fruto da adaptação desta linha de trabalho mais de quinze anos após sua primeira apresentação.

A mostra estará patente até dia 26 de março de 2023.

Festival de Sopas Solidárias em Monforte (c/vídeo)

O sexto Festival de Sopas Solidárias em Monforte realizou-se esta quarta-feira, 23 de novembro, na Sala Polivalente Municipal de vila.

Gonçalo Lagem, presidente da câmara de Monforte, considera que “eventos que têm muito sucesso junto da população são para manter.”

A iniciativa, cuja receita reverte para as IPSS do concelho de Monforte, contou com venda de diversos tipos de sopa, bem como bolos e salgados, por parte dessas instituições e do agrupamento de escolas. Já o serviço de bar esteve a cargo dos Bombeiros voluntários.

24 Horas TT Vila de Fronteira é sábado e domingo

O circuito da 24ª edição da prova BP Ultimate 24 Horas TT Vila de Fronteira e da 10ª edição da BP Ultimate 4 Horas TT Vila de Fronteira vai ter duas Zonas Espetáculo (ZE) e uma Zona Camping (ZC). Como consequência de novos projetos agrícolas, o espaço disponível para as habituais Zonas Espetáculo e Zonas Camping está a ficar mais limitado no número e mais reduzido no espaço.

Assim e dentro das limitações, a organização disponibiliza duas áreas com acesso ao público: a Zona Espetáculo 1 (ZE1), junto à reta da meta, sendo que este ano volta a ser permitido o acesso do público ao corredor em frente às boxes, e a Zona Espetáculo 2/Camping 1, do Monte do Cego, próximo da segunda passagem da Ribeira Grande. Este espaço é bastante grande, com cerca de 10 hectares, inclui uma zona Camping e outra apenas para o público que se dirige a esta zona. Este espaço dispõe de WC (nos bares, existe chave para algumas casas de banho destinadas às senhoras), o apoio de bares e um posto de primeiros socorros (ambulância de bombeiros).

Os terrenos definidos para o campismo e estacionamento não têm qualquer tipo de intervenção, visto tratarem-se de terrenos inseridos em programas agrícolas que não permitem essa mesma intervenção. Desta forma e em caso de muita precipitação, é provável que as acessibilidades e os estacionamentos se tornem difíceis.

Os interessados em permanecer na ZE e ZC devem imperativamente seguir as seguintes regras: providenciar os meios necessários para foguear em segurança. O corte de árvores é proibido; é proibido circular com viaturas na zona camping (autos ou motos) desde o início da prova até ao final da mesma (a circulação de viaturas, sobretudo à noite, perturba os pilotos com o possível encadeamento provocado pelos faróis); providenciar recipientes para lixo e não deixar resíduos no local; não ultrapassar os limites da zona, definidos por marcações efetuadas pela organização (rede ou fita plástica); respeitar as instruções fornecidas pelos elementos da organização ou da GNR.

Localização e acessos das ZE e ZC: ZE 1

Fronteira – Recta da Meta

A ZE1 situa-se em frente às Boxes, e permite observar parte da reta da meta e uma sequência de curvas, com um novo salto. Como referido, este ano voltamos a permitir ao publico o acesso ao corredor situado em frente às boxes. A partir de Fronteira, deve estacionar a viatura na Zona Industrial ou junto à estação de caminho-de-ferro, e dirigir-se a pé em direcção às Boxes pelo asfalto que se situa a sul das mesmas, seguindo as indicações da Organização e elementos da GNR que se encontram no local (ver Layout da ZE1).

ZE 2 e ZC 1 – “Monte do Cego”

O circuito sofreu uma alteração, desde 2019, para permitir que o publico aceda a este local sem atravessamentos do circuito. Neste local está disponível, um espaço de campismo e um outro para o publico, onde é interdito colocar viaturas, que utiliza o parque de estacionamento existente nas proximidades (ver desenho). Em caso de muita chuva a circulação neste espaço é difícil, sobretudo para veículos convencionais e veículos pesados.

Desde Fronteira seguir pela estrada municipal direção a Cabeço de Vide, cerca de 5 km após a rotunda à saída de Fronteira. Para quem vem de Alter do Chão ou Portalegre, segue pela estrada de Cabeço de Vide para Fronteira.

Horário das provas

Dia 25 (sexta-feira)

24 Horas – treinos livres – 09h30 / 11h30 e 17h15 / 18h30

24 Horas – treinos cronometrados – 14h00 / 17h00

4 Horas – treinos livres e cronometrados – 11h45 / 13h45

Dia 26 (sábado)

Partida das BP Ultimate 4 Horas TT Vila de Fronteira – 08h00

Final das BP Ultimate 4 Horas TT Vila de Fronteira – 12h00

Partida das BP Ultimate 24 Horas TT Vila de Fronteira– 14h00

Dia 27 (domingo)

Chegada das BP Ultimate 24 Horas TT Vila de Fronteira – 14h00

InnovPlantProtect testa inteligência artificial na luta contra a doença da tinta

O InnovPlantProtect, em Elvas, tem vindo a desenvolver várias ferramentas digitais com o objetivo de apoiar os agricultores na sua luta contra pragas e doenças.

Uma dessas doenças, como explica a diretora do departamento de diagnóstico e monitorização do InnovPlantProtect, Ilaria Marengo, é a Phytophthora Cinnamomi, “vulgarmente conhecida como doença da tinta, que é um organismo, invisível aos nossos olhos, que vive no solo e que começa por atacar as raízes mais finas da árvore, as que estão mais afastadas do tronco, decompondo-as e depois avança para o centro da árvore até destruir as raízes maiores”.

Esta doença afeta árvores como os sobreiros, azinheiras e castanheiros, sendo que, na última década, se tem tornado cada vez mais evidente devido às alterações climáticas.

Neste momento, e para fazer face a esta doença, o InnovPlantProtect tem vindo a experimentar, no campo, uma tecnologia que se baseia “na análise de dados térmicos e multiespectrais recolhidos com drones”. Utilizando a inteligência artificial, os investigadores têm estado “a testar um modelo que identifica árvores saudáveis e árvores pouco saudáveis, e também aquelas árvores que são assintomáticas”. Isto é importante, garante Ilaria Marengo, “porque pode ajudar a mapear antecipadamente a presença da doença e informar o agricultor para implementar uma gestão preventiva no campo”.

A rubrica desta semana do InnovPlantProtect para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo.

 

IPP procura dadores de medula óssea e de sangue nesta quinta-feira

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai organizar uma campanha de angariação de dadores de medula óssea e de doação de sangue, no Campus Politécnico de Portalegre. A iniciativa está marcada para esta quinta-feira, 24 de novembro, entre as 9 e as 13 horas.
Esta é uma iniciativa de carácter solidário para com o Martim, que tem uma leucemia e necessita urgentemente de um transplante de medula óssea. O contributo de cada um pode ajudar o Martim e muitas outras pessoas, na medida em que ao aumentar o número de doadores na base de dados mundial, estaremos também a aumentar a probabilidade de encontrar um dador compatível.

Iluminação de Natal em Portalegre só nas áreas comerciais

Muitos têm sido os municípios que, perante a crise energética que se vive, têm vindo a implementar um conjunto de medidas de redução de consumo energético, com o objetivo de fazer face às dificuldades que se sentem, a nível global.

No caso da Câmara Municipal de Portalegre, revela a presidente Fermelinda Carvalho, “não é de agora” que a autarquia tem procurado fazer “alguns investimentos” com vista à redução do consumo e automatização de todos os equipamentos, para “não gastarem além do necessário”. “Nós já estamos muito virados para esse tema. A eletricidade tem custos elevadíssimos, agora mais que nunca”, comenta.

A autarquia tem, neste momento, “mais viaturas elétricas, mais eficientes”. Apesar do elevado valor de eletricidade, altualmente, Fermelinda Carvalho quer crer que “ainda compensa ter viaturas elétricas, apesar do investimento inicial ser grande”.

Por outro lado, a autarca assegura que as medidas europeias, no âmbito do quadro comunitário que está a terminar, de eficiência energética, para os municípios, “não foram muito bem preparadas”, pelo que acabaram por não ser implementadas, por muitas autarquias. “Têm de ser revistas, têm de ser mais atrativas, porque muitas destas medidas pressupunham no final a devolução da verba investida, ou seja, têm de ser medidas a fundo perdido, para ser aqui um verdadeiro incremento para os municípios poderem investir nestas áreas”, assegura.

Lembrando que a iluminação pública representa para os municípios sempre “valores astronómicos”, Fermelinda Carvalho revela que, este ano, a iluminação de natal, em Portalegre, este ano, será restringida às áreas comerciais da cidade, “não só por uma questão económica, mas também por uma questão de exemplo para os munícipes”.

Segundo a ADENE, a Agência para a Energia, as medidas previstas no plano de poupança de energia devem ser prolongadas até ao próximo ano. De recordar que para poupar energia, em plena crise energética, o Governo propôs várias medidas, desde o teletrabalho até à redução do horário da iluminação nos edifícios.

“Oh Laurinda” trazem um reinventado Cante Alentejano a Campo Maior

Os “Oh Laurinda”, trio natural do Baixo Alentejo, apresentam-se em concerto, no próximo sábado, 26 de novembro, à noite, no Centro Cultural de Campo Maior.

Este novo projeto musical, inspirado no Cante Alentejano, ainda que reinventado, nasce, como explica um dos membros do grupo, Pedro Chá, de uma amizade entre três jovens dos concelhos de Vidigueira e de Alvito, no distrito de Beja, que cresceram em diferentes grupos corais e “em ambiente de taberna”. “Crescemos no ambiente do Cante Alentejo puro e genuíno e conhecemo-nos a cantar”, revela.

A partir daí, Pedro Chá, Diogo Rosa e João Monte procuram criar um projeto inspirado no Cante Alentejano, explorando “algo mais inovador”. E foi assim que nasceram os “Oh Laurinda”.

“Os Teus Olhos” é o single de estreia do primeiro trabalho discográfico homónimo do trio, formado por 13 temas, “dois ou três acapella”, fugindo, nos restantes, ao tradicional. “Quisemos mostrar ao mundo e aos alentejanos que é possível partir para outras coisas, inspirados no Cante Alentejano. Nós temos baterias, guitarras elétricas, teclas e é um conjunto de muita coisa”, diz ainda Pedro Chá.

Prometendo um espetáculo “muito bonito e inovador”, em Campo Maior, o grupo não tem dúvidas que o público vai gostar. “Vai sair de lá e vai querer ir a outro espetáculo para nos ouvir”, assegura o músico.

O início do concerto, no sábado, no Centro Cultural de Campo Maior, está marcado para as 21h30. Os bilhetes têm o custo de três euros.

Euromilhões com jackpot de 77 milhões de euros

O próximo concurso do Euromilhões, prevê um jackpot no valor de 77 milhões de euros uma vez que nenhum apostador acertou ontem, terça-feira, 22 de novembro, na chave sorteada.

O segundo prémio, de 280 mil euros, saiu a dois apostadores, no estrangeiro. Também o terceiro prémio, de 43 mil euros, contemplou três apostadores, com aposta registada fora de território nacional.

Já o quarto prémio, no valor de 2.038 euros, saiu a 20 apostadores, três com aposta registada em Portugal.

A chave sorteada ontem é composta pelos números: 21 – 22 – 24 – 29 – 42 e pelas estrelas 03 e 11.

Esta notícia não dispensa a consulta dos números através do portal dos Jogos Santa Casa.

Agricultura e cultura científica debatidas no InPP em Elvas

O InnovPlantProtect em Elvas promove, amanhã, quinta-feira, 24 de novembro, um debate subordinado ao tema “A agricultura precisa de cultura científica?”.

Este debate pretende celebrar o Dia Nacional da Cultura Científica e Tecnológica, revela o diretor executivo do InnovPlantProtect, Pedro Fevereiro, adiantando que é objetivo “falar da importância da ciência na atividade agrícola, na atualidade, através de quatro personalidades de áreas distintas, como António Serrano, diretor executivo da Jerónimo Martins Agro-Alimentar; Maria do Rosário Félix, docente na Universidade de Évora e investigadora no Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento; Cristina Nobre Soares, comunicadora de ciência; e Paulo Maria, empresário agrícola da empresa Hortomaria e presidente do Conselho de Administração da Carmo & Silvério SA, organização de produtores”.

Pedro Fevereiro acrescenta que são vários os aspetos em que a ciência se torna relevante para a agricultura, nomeadamente “relacionados com digitalização da atividade agrícola ou mesmo com a sustentabilidade da agricultura, que todos eles dependem da aplicação do conhecimento científico”.

O debate é aberto a qualquer pessoa, mas carece de inscrição prévia, que pode ser feita aqui.

“A agricultura precisa de cultura científica?” é o tema do debate que tem lugar amanhã, às 18 horas, no auditório do InnovPlantProtect, em Elvas, nas instalações da antiga Estação de Melhoramento de Plantas.