Portugueses reciclaram mais em tempos de pandemia

O Electrão – a Associação de Gestão de Resíduos, durante o ano passado, reciclou quase 50 mil toneladas de embalagens usadas, mais de 16 mil toneladas de equipamentos elétricos fora de uso e recolheu ainda 346 toneladas de pilhas e baterias usadas.

Estes são dados que constam num relatório executivo, divulgado recentemente pela associação, que dá conta do crescimento da recolha feita, face a outros anos, assim como do aumento da separação do lixo e do encaminhamento feito, por parte da população, para reciclagem.

“Face a 2019, há uma tendência de crescimento das quantidades que recolhemos, quer no contexto de embalagens, quer no contexto dos equipamentos elétricos. 2020 foi um ano atípico, que nos desafiou a todos os níveis, que nos trouxe uma pandemia, mas ainda assim as pessoas separaram mais em casa e encaminharam mais para reciclagem”, revela a responsável de Sensibilização, Comunicação & Educação do Electrão, Ana Matos. Para estes dados, a responsável não afasta a possibilidade da interferência de fenómenos que influenciaram os números agora apresentados, até porque, lembra, “as pessoas passaram mais tempo em casa”.

Ana Matos adianta que os grandes equipamentos, como frigoríficos e máquinas de lavar e secar, por serem mais pesados, têm “uma expressão significativa” nos resultados divulgados. Em termos de unidades, “as componentes informáticas têm também um papel muito importante nestas quantidades e contribuem de forma ativa para estes resultados de 16 mil toneladas de equipamentos elétricos recolhidos”.

Relativamente ao crescimento efetivo da reciclagem feita pelos portugueses, a associação quer acreditar que o trabalho de sensibilização realizado esteja, aos poucos, a levar a população a adotar hábitos de separação de lixo, mas também de promoção de um ambiente mais sustentável.

Em 2020, face a 2019, o Electrão registou um crescimento de 19 por cento nas quantidades de embalagens usadas enviadas para reciclagem.