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Antevendo “final político” de Rondão e Mocinha, Bi Gonçalves fala em “golpe sujo” de MCPE e PS na Assembleia

Depois de ter sido o mais votado para a Assembleia Municipal de Elvas, pelo CHEGA, nas autárquicas de 12 de outubro, mas não tendo sido eleito presidente daquele órgão Municipal, após o acordo entre o Movimento Cívico por Elvas (MCPE) de Rondão Almeida e o Partido Socialista (PS) no momento da eleição da mesa, José Eduardo Gonçalves diz-se “triste e desiludido”.

Em conferência de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira, 4 de novembro, José Eduardo Gonçalves falava num “golpe sujo e porco”, que terá sido planeado “debaixo da mesa”. Apontando o dedo a Rondão Almeida e a Nuno Mocinha, alegando que ambos se uniram numa “jogada política muito baixa”, o deputado da Assembleia Municipal garante que não esperava um “desfecho deste nível” que, embora “legal, não é moral”.

José Eduardo Gonçalves parece até não ter dúvidas que este será o “final político” de ambos, acreditando que nenhum dos dois “voltará a ser presidente da Câmara”: Rondão Almeida que, “pela idade, terá já dito que não voltará a concorrer”, e de Nuno Mocinha pela “golpada tão grande que deu aos próprios socialistas e aos elvenses”.

“Elvas já teve duas câmaras municipais e parece que agora vai ter outras duas, pelo menos em termos de localização: uma está sediada nos Paços do Concelho, liderada pelo senhor presidente, e a outra acho que colocada no Museu de Arte Contemporânea e vai ser, de certo modo, presidida pelo vice-presidente, o doutor Nuno Mocinha”, acrescentou.  

Para Bi Gonçalves, o recém-eleito presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, vai acabar por “sair pela porta pequena”: porque “será o homem da geringonça” em Elvas e porque o MCPE obteve a “pior votação de sempre” nestas últimas eleições, ao eleger o mesmo número de mandatos que CHEGA e PS. “Será triste vê-lo sair de uma câmara numa posição de inferioridade”, comentou.

Quanto a Hermenegildo Rodrigues e Sérgio Ventura, José Eduardo Gonçalves acusa-os de serem “coniventes” com a “gerigonça” montada. “Tenho algumas dúvidas que isto resulte e que o mandato chegue ao fim”, disse ainda.

Outra das visadas, no decorrer desta conferência de imprensa, foi Graça Luna Pais. Bi Gonçalves diz que a reeleita presidente da Assembleia Municipal de Elvas tem “falta de categoria, de educação, de personalidade e rigor”. Recordando aquilo que, alegadamente, esta lhe terá dito momentos antes da votação para a mesa da Assembleia Municipal, Bi Gonçalves diz que Graça Luna Pais não devia aceitar o cargo, uma vez que as pessoas vão olhar para ela como “uma derrotada” e para si como “um vitorioso”. José Eduardo Gonçalves vai mais longe e diz que a presidente da Assembleia Municipal “não presta” e que vai encontrar em si um adversário “leal, sério e educado”.

“Os elvenses não mereciam isto. Foram enganados, ludibriados no seu voto. Atraiçoaram o voto dos elvenses”, disse ainda, lembrando que o CHEGA, ao todo, conseguiu nestas autárquicas a eleição de 26 membros, entre Câmara, Assembleia e Juntas de Freguesia. 

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