O Município de Elvas é, a partir desta segunda-feira, 18 de dezembro, o proprietário do edifício que acolhe, há 113 anos, a Sociedade Recreativa 1º de Dezembro, a popular “Azevia”.
Esta aquisição, que resulta de um investimento de 55 mil euros, por parte da autarquia, foi oficializada ao final da manhã, com a escritura realizada nos Paços do Concelho.
Explicando que a autarquia ainda não tinha comprado o prédio, porque os proprietários, até então, nunca se tinham mostrado interessados em vendê-lo, o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, lembra que este é um imóvel “de extrema importância para todos os elvenses”, por se tratar de uma coletividade com 113 anos de existência, vividos sempre no interior daquele edifício.
Rondão Almeida explica ainda que, neste momento, entre proprietários e autarquia, havia “um comum interesse” para a aquisição do edifício, por parte da Câmara Municipal, que se compromete a realizar, naquele prédio, as obras necessárias. Depois de requalificado, o edifício será arrendado à Azevia. Nessa altura, diz o autarca, com “a dignidade” merecida, lembrando que, atualmente, a cobertura do prédio está caída.
Um dos, até então, proprietários do edifício, Joaquim Banha, revela que a própria queda da cobertura do imóvel acabou por “acelerar” um processo que estava “adormecido”. “Chegou-se a este culminar, que acho que já poderia ter acontecido há mais tempo”, assegura. Joaquim Banha garante que os proprietários nunca foram “os maus da fita”, até porque nunca foi sua intenção não vender o prédio. Era só uma “questão de valores”, remata.
Para Cláudia Ferreira, membro da direção da Sociedade Recreativa 1º de Dezembro, que garante que este é “um presente de natal há muito esperado”, assegura que há um “grande sentimento de gratidão” para com o município. “Estamos gratos também aos proprietários que foram sensíveis à nossa causa e acederam ao nosso pedido depois da derrocada de parte do edifício”, acrescenta.
Assegurando que a “Azevia” vai muito mais que a celebração da noite de 30 de novembro para 1 de dezembro, Cláudia Ferreira lembra ainda os vários projetos culturais que naquele espaço são desenvolvidos, como o grupo de Carnaval, os Bomb’Alen, a Brigada 14 de Janeiro, e, mais recentemente, a Orquestra de Balho e a Bandalheira Street.