As Portas de São Vicente, que ligam o centro histórico de Elvas à zona da Boa-Fé, encontram-se em risco de derrocada, pelo que a circulação automóvel e de peões vai manter-se proibida durante alguns meses.
Esta é uma informação avançada pelo presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, que em declarações à Rádio ELVAS revela que depois da visita de análise, por parte da Direção Geral e Regional da Cultura, “se verificou que a situação é muito grave, porque de um momento para o outro pode haver uma derrocada, daquilo que é a estátua do Zé de Melo, que tem toneladas de peso e depois todo o suporte e pedras que parecem um puzzle, e de um momento para o outro podem cair, pelo que estamos perante uma intervenção nem para um dia, nem para uma semana”.
As intervenções previstas, para reparar os danos existentes, nas Portas de São Vicente podem durar vários meses, adianta o presidente. “Tudo vai ser examinado ao pormenor e é muito natural que haja uma intervenção para retirar grande parte das portas, naquele local, para voltar a ser tudo reposto, o que quer dizer que estamos a falar da impossibilidade de se transitar, quer a nível de peões quer automóveis, por meses, não podemos estar a enganar as pessoas”, acrescenta o presidente.
Para resolver os constrangimentos que esta situação tem causado aos cidadãos, Rondão Almeida afirma que, no caso das crianças que estudam nas escolas da Boa-Fé, “desde hoje que foi disponibilizado transporte às 8 horas e às 9 horas, do centro histórico para a escola da Boa-Fé e haverá também para fazer o retorno”, adiantando que os “diretores de turma vão avisar as crianças para saberem que têm um autocarro todos os dias de manhã assim como de retorno a casa”.
No entanto o município, acrescenta o presidente da Câmara de Elvas, está já a equacionar outra alternativa também para quem circula de automóvel.
Essa solução, se se verificar viável, passa por criar uma passagem através do Museu Militar de Elvas. “Pretendemos arranjar também uma alternativa para a deslocação em veículos, daí que vamos entrar em contacto com o diretor do Museu Militar para ver se somos capazes, através de umas portas que existem, atravessando a parada dos militares e surgindo na parte de trás do espaço, para tentarmos uma alternativa, revela o presidente”.
Tendo em conta que, no primeiro dia de encerramento das portas de São Vicente, ainda foram algumas as pessoas que passaram a pé, apesar da proibição existente, Rondão Almeida garante que será colocado “um painel para reforçar mais o risco que as pessoas correm ao passarem por este local, porque de um momento para o outro qualquer pedregulho, com mais de uma tonelada, pode-lhe cair em cima, o que quer dizer que tem que haver noção de responsabilidade e isso a acontecer o único responsável é quem passa por onde está proibido passar”.
Já o coronel Nuno Duarte, diretor do Museu Militar de Elvas, sobre esta possibilidade de o trânsito automóvel circular pelo Museu, revela que “vamos analisar, naturalmente que o Museu Militar está disponível para apoiar a população, mas vamos equacionar e ver qual a melhor solução, desde que também esteja preservada a segurança do Museu, essa é uma situação que nos está a preocupar, garantir a nossa segurança, mas estamos disponíveis para arranjar uma solução, a bem de todos”.
Município de Elvas que está a tentar arranjar uma solução para quem circula de automóvel entre a Boa-Fé e o centro histórico, uma vez eu as Portas de São Vicente estão em risco de derrocada, que poderá passar por criar uma passagem pelo Museu Militar de Elvas.