O ACTO, a Festa do Teatro em Elvas, que termina este fim de semana, com a apresentação de três peças, no Cineteatro Municipal, tem permitido, ao público, assim como aos artistas, que o desconfinamento, ao nível da cultura, seja uma realidade também no concelho.
Ainda assim, face a outras edições deste mesmo evento, promovido pela UmColetivo, as pessoas têm aparecido, segundo Cátia Terrinca, da associação cultural, “de forma mais tímida que o habitual”. “Estávamos com médias de público de 40, 50 pessoas e neste momento estamos abaixo dessa média”, adianta.
O importante, garante Cátia Terrinca, é conquistar a confiança das pessoas. “Não é pelo facto dos amigos terem ido ao teatro, que aconteceu alguma coisa de mal às suas famílias, mas vivemos, de facto, a pressão do ‘fique em casa’, como se o mundo não continuasse a pular e a avançar, como dizia António Gedeão”, assegura.
“Nós temos de aprender a viver com as limitações que temos e perceber que, no teatro, entramos de máscara e estamos com uma cadeira de distância. Se as pessoas vão ao supermercado, não há razão nenhuma para não ir ao teatro”, comenta ainda Cátia Terrinca.
O ACTO, que termina este fim de semana, em Elvas, conta com “Espetáculo de Amor”, na sexta-feira, “Segundo Sacrifício, um exemplo para João Vário”, no sábado e “A Grande Viagem do Pequeno Mi”, no domingo.