Sobre a criação da comissão de acompanhamento ao contrato da Aquaelvas, Paula Calado, vereadora eleita na câmara de Elvas pela coligação PSD-CDS/PP, refere que vão “colocar tudo preto no branco, com todas as queixas, todo o mau funcionamento da Aquaelvas e tudo o que pode ser feito para melhorar a situação. Se nada puder ser feito, vamos ver, em termos legais, como é que pode ser feita a revisão de contrato de modo a que ela nos seja favorável”.
Paula Calado refere que a posição do PSD “é exatamente a mesma que foi divulgada durante a campanha eleitoral. A concessão à Aquaelvas está a lesar bastante os munícipes de Elvas. O ponto relacionado com o tarifário para 2023 acabou por ser retirado da ordem de trabalhos da reunião de câmara e eu penso que contribui para isso quando aleguei todos os problemas da má atuação da empresa e da má concessão que foi feita, baseada num contrato feito de ânimo leve e que agora nos vincula a eles e lhes permite não cumprir certas questões básicas, como a realização de obras e intervenções”.
Para Paula Calado, “a auditoria é fundamental e é o início da construção da resolução do problema”. A vereadora pede “paciência a todos porque as coisas têm que ser bem feitas, sendo que o primeiro passo é conseguir-se a revisão do contrato para melhorar a situação”.
Questionada sobre uma possível rescisão de contrato com a Aquaelvas, Paula Calado garante que “nunca falou nesta medida, até porque estando fora do executivo não se conhece a real situação financeira da câmara. Para haver uma rescisão, a câmara teria que ter 10 ou 15 milhões de euros para, em tribunal, pagar à concessionária. Nós sabemos que a empresa, para funcionar, tem que ter um determinado lucro. Importa é saber até que valor isso é ético”.
Por último, Paula Calado refere que tudo tem feito para evitar a subida de preços por parte da empresa concessionária: “em 2021, votei contra os tarifários da Aquaelvas que subiam os preços. Este ano, caso o ponto tivesse ido a votação eu faria o mesmo, uma vez que estava prevista uma subida de 7,6 por cento. Portanto, neste momento, não há tarifário aprovado para 2023 o que proíbe a Aquaelvas de, já em Janeiro, aumentar a fatura dos elvenses”.