O presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo afirmou ser necessário “criar condições para fixar população”. O concelho “sofre hoje dos problemas associados ao envelhecimento e ao processo de perda de população resultante de décadas de políticas centralizadoras que penalizaram, no essencial, os territórios do interior”, disse o presidente da Câmara Municipal, Luís Miguel Duarte, nas comemorações dos 124 anos da restauração do concelho, que se completaram no passado dia 13.
Para inverter este ciclo, acrescentou o autarca, é necessário “captar investimento que permita criar condições para a atração e fixação da população jovem”. Durante a cerimónia, o presidente da Câmara Municipal realçou ainda a “forte identidade cultural e patrimonial” existente no concelho, dando como exemplo o “riquíssimo património religioso”, como o Santuário de Nossa Senhora D’Aires, e o património imaterial, como o fabrico de chocalhos e o cante alentejano, com os seus oito grupos espalhados pelas três freguesias. O autarca salientou também a importância da olaria e da cerâmica “como artes a preservar”.
De salientar que, integrada nas comemorações da restauração do concelho, está também a exposição “Alentejo Figurado”, da autoria do vianense João Gião Marques, patente ao público na Igreja da Misericórdia, no Castelo de Viana do Alentejo, até 27 de março, podendo ser visitada durante a manhã, entre as 9.30 e as 13 horas, e durante a tarde, entre as 14 e as 17.30 horas.