Passado mês e meio desde que o novo executivo da Câmara Municipal de Elvas tomou posse, e feito um diagnóstico da situação financeira da autarquia, com todos os processos analisados no gabinete jurídico, Rondão Almeida e os vereadores eleitos tomaram já algumas decisões, referentes, entre outros, ao funcionamento da própria autarquia, às obras que estavam previstas e ao concurso de prestações de serviços da recolha de lixo.
Depois disto, explica o presidente da Câmara, estão “delineados os objetivos para executar as opções do plano para os próximos quatro anos”. Quatro obras, como a da sede dos Escuteiros, a repavimentação do Bairro Europa e a requalificação urbana em várias freguesias rurais, por não serem consideradas “as mais importantes”, no momento, foram suspensas, o que representa, para os cofres da autarquia, uma poupança de um milhão de euros.
Também o concurso, com um investimento de cerca de um milhão de euros, para os recursos humanos da Câmara Municipal foi interrompido: uma “medida extremamente difícil”, diz Rondão Almeida, mas só assim é possível tornar “viável a gestão financeira do próximo mandato”. Terminar com o concurso da prestação de serviços da recolha de lixo, dados os encargos avultados associados, na ordem de um milhão de euros, é outro dos objetivos da autarquia. “Já pedimos pareceres jurídicos, para podermos anular esse concurso”, explica. Ao todo, são cerca de três milhões de encargos que estavam assumidos, que, com a sua poupança, acabam por “dar algum oxigénio” e que permitem à autarquia pensar as obras que quer realizar nos próximos anos. Apesar disso, garante, a Câmara Municipal de Elvas “não está endividada”.
Os funcionários da Câmara passaram a ter outros horários de trabalho, deixando de trabalhar apenas das 8 às 13 horas, sendo que o volume de horas extraordinárias foi já também reduzido. Com 14 viaturas, em leasing, a Câmara de Elvas decidiu parar metade da frota. As oficinas da autarquia passam também a dar assistência a todas as máquinas e frota automóvel.
O novo executivo deliberou diminuir as chefias, agregando, assim, alguns serviços, e terminar com um conjunto de avenças, continuando, depois de 31 de dezembro, apenas as consideradas essenciais. Os abonos para falhas dos funcionários foram abolidos, sendo que, este ano, não haverá nem cabazes, nem prendas de natal para os mesmos. A Câmara Municipal de Elvas decidiu também reduzir nos apoios financeiros, sendo que, até então, ainda não foi atribuído “um único euro a qualquer entidade”.
Feita uma auditoria à empresa que fornece as refeições escolares, no concelho, Rondão Almeida assegura que a mesma já surtiu alguns efeitos positivos.
Questionado sobre a iluminação de natal, Rondão Almeida garantiu que a mesma irá dar outro brilho à cidade de Elvas, de 1 de dezembro até ao Dia de Reis. Por outro lado, a pista de gelo não será este ano, novamente, uma realidade na cidade, dadas as notícias que dão conta de um aumento de casos diários de Covid-19 no país.
Entretanto, e desde que o novo executivo tomou posse, já foram atendidos, presencialmente, mais de 200 elvenses. Desde essa altura, também, foram fotografadas as cerca de 200 anomalias identificadas no centro histórico de Elvas, sendo que 90 por cento delas já foram resolvidas: na Avenida 14 de Janeiro, na Rua Sá da Bandeira, na Rua da Cadeia e no Largo 1º de Dezembro.
A vereadora com o pelouro da Cultura, Paula Calado, referiu ainda Rondão Almeida, conseguiu chegar a um acordo com a Diocese de Évora, para que a Igreja da Sé de Elvas possa voltar a estar de portas abertas ao público.
Todas estas medidas foram anunciadas esta segunda-feira, 22 de novembro, ao início da noite, na sala de reuniões dos Paços do Concelho, por Rondão Almeida.