
O Agrupamento de Escolas nº 2 de Elvas participa, neste ano letivo, pela primeira vez, no Erasmus +, programa de mobilidade que tem desempenhado um papel crucial no desenvolvimento de um Espaço Europeu da Educação.
Dando conta que, neste primeiro ano, apenas os docentes que integram a equipa irão participar nas diferentes mobilidades realizadas, a professora Célia Durão revela que o projeto do agrupamento, recentemente aprovado no âmbito deste programa da União Europeia, é dedicado à interculturalidade, à inclusão e à diversidade em sala de aula. “É o primeiro ano em que estamos a participar. Estamos a iniciar o processo e este ano vamos fazer mobilidade só para professores. Constituímos uma equipa e propusemos este projeto com o objetivo de o alargar a alunos e a um maior número de pessoal docente e não docente”, adianta.
Este projeto, diz Célia Durão, servirá para “desenvolver competências para levar a bom porto a diversidade em sala de aula”, tendo em conta a realidade de cada aluno. “Cada vez mais há alunos diferentes nas salas de aula e cada aluno é um mundo, é um universo, é uma realidade, com as suas necessidades. Temos alunos estrangeiros, mas temos também os alunos estrangeiros de Português Língua Materna que têm outras necessidades e temos os alunos abrangidos pelo 54” (educação inclusiva).
De acordo com a docente, “cada aluno é um caso” e é preciso “aprender e desenvolver competências para conseguir implementar a diversidade em sala de aula”: “como é que numa aula, tendo selecionado determinados conteúdos, havendo um percurso didático a seguir, como é que eu consigo dar atenção a todos, propor um caminho para cada um deles, de modo a poderem desenvolver as suas competências, aprender e ser cidadãos de bem”.
A equipa do Agrupamento de Escolas nº 2, formada por oito profissionais – seis professores de diferentes áreas, uma psicóloga e um membro do pessoal não docente –, irá deslocar-se à Grécia e à Áustria, para diferentes formações, nesta área da diversidade em sala de aula. “Depois, replicaremos, obviamente, aquilo que formos aprender e daremos continuidade, articulando esta formação com outros objetivos que o projeto tem, no âmbito do Português Língua Não-Materna, que eu represento, e de outras necessidades, por exemplo, do Departamento do Ensino Especial”, explica Célia Durão.
“Vamos ver como é que corre. Estamos muito entusiasmados, muito satisfeitos com a aprovação deste nosso projeto e cheios de vontade de aprender”, remata a professora.