
O Município de Alandroal oficializou, na semana passada, a saída do Programa de Assistência Municipal (PAM), marcando o fim de um ciclo iniciado há oito anos. A cerimónia de assinatura do acordo de cessação confirmou o que já havia sido anunciado em maio, com o presidente da autarquia, João Grilo, a expressar a sua satisfação pelo encerramento do programa “um momento de viragem para o Alandroal”.

Segundo o autarca, os munícipes compreenderam ao longo dos anos a importância de uma gestão rigorosa, mesmo quando as dificuldades financeiras não eram visíveis à população, “por vezes, nem têm uma perceção das dificuldades, porque vamos sistematicamente colmatando e dando respostas”, afirmou, sublinhando que os desafios continuam a exigir responsabilidade e planeamento.
Com um sentimento de dever cumprido, João Grilo destacou este momento como um ponto de viragem para o concelho, que agora ganha maior autonomia. Ao longo do período de assistência, o município entregou cerca sete milhões e meio de euros, recursos que, segundo o presidente, “faziam muita falta” e teriam sido valiosos para acelerar o desenvolvimento local. “Queremos chegar a um nível de endividamento que não comprometa nenhuma das ações futuras nem daquilo que queremos fazer e até aliviar os contribuintes municipais que foram sacrificados este anos”, reforçou.
Alandroal já conta com 3,6 milhões de euros atribuídos a projetos no âmbito do programa Alentejo 2030, além de candidaturas aprovadas pelo Turismo de Portugal e outras em curso a nível europeu. Com este novo cenário, João Grilo admite “a possibilidade de reduzir impostos municipais, como o IMI e o IMT, caso haja aumento de receita”.