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Tradição de rumar à Ajuda cumpre-se mesmo debaixo de chuva

Faça chuva, faça sol, Páscoa, em Elvas, é sinónimo de dias e noites passados no campo, mais propriamente nas margens do Guadiana, na Ajuda.

Apesar do vento forte que se fazia sentir, fomos encontrar, na tarde de ontem, quinta-feira, 28 de março, Germano Grave, na companhia de mais três familiares, a montar a tenda, junto à antiga ponte da Ajuda. “Até segunda-feira, se conseguirmos, cá estaremos, tendo em conta o estado do tempo”, comenta aos microfones da Rádio ELVAS. “Somos cerca de 15, entre família e amigos”, revela ainda, confessando que se leva “o ano inteiro à espera disto”. “Vamos lá ver se corre bem”, remata.

Com o seu grupo de amigos, encontra-se também na Ajuda Luís Penetra. Apesar da tempestade e do “dilúvio”, garante que, mesmo debaixo de chuva, não deixam de ir para o campo. “É mais um ano, mas desde que tenhamos vontade, as coisas fazem-se, mesmo debaixo deste temporal”, garante.

Para o campo, garante Luís, foi necessário levar “o básico”, como fogão e arcas. “Só não temos máquina de lavar loiça”, comenta, entre risos. Tendo já perdido a conta aos anos em que acampa com os amigos na Ajuda, este elvense garante que só voltam a casa no domingo. Quanto ao borrego, por uma questão de “logística”, em vez de o comerem no domingo, fazem-no no domingo.

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