O ministro da Educação tem vindo a defender que as aulas presenciais devem ser retomadas, assim que possível, começando pelo 1.º ciclo e pré-escolar, uma vez que estas crianças não têm autonomia suficiente para tornar possível o ensino e a aprendizagem à distância.
João Borrega (na imagem), professor de primeiro ciclo no Agrupamento de Escolas de Campo Maior, garante que não é fácil, por exemplo, ensinar uma criança a ler e a escrever, neste sistema de aprendizagem, ainda que, tendo em conta a experiência do ano passado, o ensino à distância, desta feita, esteja a correr melhor.
“É lógico que (o ensino à distância) não é igual ao presencial, em especial até ao segundo ciclo. É completamente diferente. No entanto, com o investimento que tem sido feito, por parte de todos os docentes, direção e os pais e encarregados de educação, que estão em casa, de alguma forma, tem resultado e com a experiência do ano anterior, este ano foi muito mais fácil agilizar a situação e por tudo a funcionar”, garante João Borrega.
Comparativamente a alunos, já com outra idade, este professor lembra que crianças com seis e sete anos, por exemplo, não têm a mesma autonomia, o que dificulta, em muito, o trabalho.
Muitos estudantes, desde que teve início este sistema de ensino à distância, praticamente em todos os níveis de escolaridade, se têm queixado da quantidade de trabalhos que lhe são exigidos pelos professores.
Nesse sentido, João Borrega assegura ser importante que “os professores pensem bem no tipo de trabalhos que pedem aos alunos”, adiantando que, no Agrupamento de Campo Maior, “a situação sempre esteve muito equilibrada”.
O ensino à distância foi retomado a 8 de fevereiro, em todos os níveis, depois de uma interrupção letiva, forçada, de duas semanas. Esta paragem de 15 dias começou já a ser compensada nas tradicionais férias de Carnaval.