Os dadores de sangue têm agora disponível, através da aplicação móvel id.gov.pt, o Cartão Dador de Sangue.
Esta aplicação, explica Paulo Cardoso, presidente da direção da Federação das Associações de Dadores de Sangue, vem facilitar a vida, de certa forma aos dadores, porque “permite consultar no telemóvel, o seu número Nacional de Dador, o grupo sanguíneo, o Número de Utente e quantas vezes já deu sangue, para além de se poder fazer o agendamento e uma pré-triagem para saber se está apto ou não para dar sangue evita perdas de tempo, no local da colheita”.
Para o presidente da Federação das Associações de Dadores de Sangue a maior vantagem é mesmo o agendamento da dádiva, porque “cada vez há mais dificuldades com recursos humanos, no que ao corpo clínico diz respeito”. Paulo Cardoso afirma que “muitas vezes os utentes não conseguem dar sangue porque não há médico, por exemplo, no hospital de Portalegre, o médico que está à frente do banco de sangue é o Doutor Diego, que também exerce funções em Elvas e, por vezes, não consegue estar nos dois sítios e essa falha é má, se tivéssemos o agendamento, para estas situações, evitava-se problemas e era bem mais fácil e não desmotiva o utente, que quando quer doar sangue e não tem nenhum médico para o efeito, fica chateado”.
Contudo, e apesar da facilidade desta aplicação, existe uma lacuna que é o facto de os agendamentos estarem apenas disponíveis para os três Centros de Sangue de Sangue e da Transplantação do país, em Lisboa, Porto e Coimbra. Paulo Cardoso revela que a Federação está a tentar colmatar esta lacuna, em conjunto com as associações, “ao desenvolver uma base de dados que, posteriormente, será distribuída pelas associações para permitir que consigam fazer um agendamento, e saber quantos dadores teremos na colheita, bem como filtrar por tipo de sangue, sexo, concelhos e também não convocamos dadores que, por exemplo deram sangue há pouco tempo”.
Este é um projeto piloto que está já a ser testado em cinco associações de dadores de sangue do país, para que possa depois ser replicado noutras associações.
Apesar de considerar esta uma “boa aplicação”, têm havido queixas a outros níveis, acrescenta o presidente da Federação das Associações de Dadores de Sangue, por exemplo, “os dadores consultam o número de dádivas e não corresponde à realidade, mas isto são situações que estão já a ser corrigidas,” revela.
Esta plataforma digital, diz ainda Paulo Cardoso, tem também como objetivo “cativar os jovens para a dádiva de sangue, que estão a fazer muita falta nas dádivas, porque os dadores vão saindo, pelo limite de idade e não temos jovens a compensar essa saída”.
Cartão do Dador de Sangue que já pode ser descarregado na aplicação id.gov.pt, no entanto os agendamentos apenas estão disponíveis para os três centros de sangue do país, em Lisboa, Porto e Coimbra., Algo que a Federação de Dadores está a tentar colmatar, para que esta funcionalidade possa já ser uma realidade, em breve.