A obra do Centro de Inteligência Competitiva (CIC) de Campo Maior deverá ficar concluída, segundo o presidente da Câmara, Luís Rosinha, muito em breve.
Ainda assim, as cheias de 13 de dezembro também fizeram estragos na antiga Escola da Avenida, onde ficará instalado este centro, uma vez que o piso ficou danificado. “Estamos a ultimar os reparos no piso e a concluir”, assegura o autarca.
Assim que possível, adianta Luís Rosinha, serão instaladas as componentes tecnológicas do centro, bem como o próprio mobiliário, enquanto a “empresa há-de concluir aquilo que são os arranjos exteriores, mas efetivamente o edificado está praticamente em fase de conclusão”.
Para que o centro possa, posteriormente, entrar em funcionamento será ainda necessário constituir uma associação, entre a Câmara Municipal de Campo Maior, o Instituto Politécnico de Portalegre e a Universidade Nova de Lisboa. “Teremos de perceber de que forma é que o Portugal 2030 nos poderá apoiar, porque aquele centro de inteligência trabalhará através de bolsas para recursos altamente qualificados”, assegura Luís Rosinha.
“Entre um compasso de espero e o outro, tentaremos fazer o fecho da obra, que eu gostava que, no final do primeiro semestre (de 2023), tivéssemos isto tudo encerrado. Mas, como digo, que não é só dependente de nós, que tem a ver com aquilo que é o apoio dos fundos comunitários”, remata.
De recordar que o CIC de Campo Maior é um projeto cofinanciado pelo programa Alentejo 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), e que conta com um investimento de cerca de um milhão de euros, financiado a 85%, assegurando o município o valor da contrapartida nacional.
O CIC é um projeto de investigação e inovação à escala do Alentejo, centrado na valorização do conhecimento, pelos dados e a sua transferência para a atividade económica e empresarial dos setores e fileiras dos recursos endógenos, com vista ao desenvolvimento tecnológico das empresas, à sua internacionalização e à promoção da competitividade nos mercados nacionais e internacionais.
Pretende-se, através da análise e gestão de informação e da ciência dos dados, de forma analítica, criar uma vantagem competitiva, transferindo este conhecimento para as empresas, processando-se no desenvolvimento tecnológico dos seus produtos e serviços, adaptando-os a novos padrões de procura e tendências de mercado, seja por exemplo uma nova embalagem, uma utilização diferenciadora do produto ou até uma nova solução de armazenagem.