“A agricultura precisa de cultura científica?” foi o mote para a conferência que decorreu ao final da tarde desta quinta-feira, dia 24, no auditório do pólo de Elvas do INIAV, numa organização do InnovPlantProtect.
Respondendo à questão central, António Serrano, antigo ministro da Agricultura e atual CEO da Jerónimo Martins Agro-Alimentar, considera que “a ciência é a base de tudo e permite encontrar soluções e todo o mundo para a produção de alimentos. Há países que têm sido uma excelência neste percurso e Portugal tem excelentes exemplos em que a ciência tem estado ao serviço da agricultura. Em Elvas, sempre tivemos aqui uma estação de melhoramento de plantas com uma vocação muito grande para a valorização do setor primário e hoje beneficiamos de mecanismos, de diversos fundos, para suportar estes laboratórios colaborativos. Eu vejo com muita esperança o trabalho de investigação que é feito neste laboratório”.
Segundo o professor catedrático, “os últimos tempos vieram provar a Portugal, e aos restantes países, que é muito importante salvaguardar a nossa em termos de produção de alimentos. Só temos que dar mais apoios, quer do ponto e vista técnico, científico e político a este setor”.
Rosário Félix é engenheira agrícola e docente na Universidade de Évora, na área da produção de plantas, e considera que “é cada vez mais importante a agricultura acompanhar os desenvolvimentos económicos. Cada vez mais, temos a agricultura como uma atividade económica e, felizmente, na agricultura portuguesa já temos muitos técnicos com formação”.
Cristina Nobre Soares trabalha em comunicação na área da ciência e considera que “é essencial que todos os agentes ligados à agricultura tenham uma linguagem clara para quebrar barreiras”.
O debate “A agricultura precisa de cultura científica?” teve como objetivo assinalar o Dia Nacional da Cultura Científica e Tecnológica.