Em Portugal, entre 86 e 91 mil doentes precisam de assistência ao nível dos cuidados paliativos. A falta de assistência e de equipas especializadas, “levam a que muitos destes doentes não tenham o apoio que precisam, pelo que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não consegue dar resposta às reais necessidades do país”, de acordo com Ricardo Serra (na foto), enfermeiro na Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre.
“Falar de Cuidados Paliativos é falar de uma filosofia de cuidados que permite melhorar a qualidade de vida dos doentes. Por outro lado, há uma resposta especializada, em cuidados paliativos, constituída por equipas comunitárias que dão a resposta correta na comunidade, e que infelizmente não temos no nosso distrito”.
Os cuidados paliativos pretendem dar uma resposta ativa aos problemas decorrentes de uma doença grave, prolongada e/ou progressiva. O objetivo é prevenir o sofrimento que estas doenças condicionam e oferecer a máxima qualidade de vida à pessoa doente e à sua família, independentemente do tempo de vida.