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Ucrânia vs Rússia: a dor de quem vive em Portugal com o coração bem longe (c/som)

A invasão da Ucrânia, por parte dos militares russos, deixou cidades destruídas, famílias separadas e milhares de pessoas desalojadas e que, aos primeiros ataques, deixaram para trás uma vida.

No entanto, a dor e o sentimento de destruição afetam não só os que vivem na Ucrânia, mas também os que, a milhares de quilómetros de distância, se sentem impotentes.

Em Elvas, encontrámos uma ucraniana, certamente serão muitos mais, que deixou o seu país há já 21 anos. Com 46 anos, tem na Ucrânia praticamente toda a sua família. Os pais vivem numa aldeia a cerca de 30 quilómetros da zona de conflito. Uma tia está na retaguarda a assegurar a alimentação e apoio aos soldados ucranianos. Nesta altura, de acordo com os relatos que chegam a esta mulher, toda a ajuda é pouca: “é necessária comida, medicamentos e, sobretudo apoio psicológico. Esta era uma guerra que ninguém esperava. A população, quer ucraniana quer russa, está em choque”.

A falta de medicamentos é um dos principais problemas que a população, que se encontra fora da zona de conflito, está a enfrentar. Para a Ucrânia, segue, entretanto, um carregamento de medicamentos adquirido por alguns ucranianos que residem e trabalham no concelho de Elvas

O apelo que esta mulher deixa a todos é que, dentro dos possíveis, “todo o mundo ajude a Ucrânia. Temos esperança que vai passar mas precisamos do apoio de todos”. Numa altura em que milhares de pessoas fogem do país, esta mulher não consegue que os pais deixem a sua terra natal. O pai, com 73 anos, garante que vai ficar para ajudar”.

A Organização das Nações Unidas estima que 12 milhões de pessoas precisarão de ajuda na Ucrânia. Além disso, a ONU apontou ainda que mais de quatro milhões de refugiados em fuga dos combates também necessitarão de apoio.

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