Pela cidade de Elvas, assim como um pouco por todo o país, tem-se gerado uma onda de solidariedade em torno da situação da Ucrânia.
Desde associações a particulares, muitos são os que têm tentado dar o seu contributo para diminuir um pouco as necessidades dos que residem na Ucrânia e dos milhares que tiveram que deixar o país devido às invasões russas.
A APPACDM é um exemplo de solidariedade uma vez que durante a manhã de ontem, terça-feira, 1 de março, acolheu diversos bens alimentares, assim como medicamentos e roupa, de todos aqueles que quiseram ajudar, com vista a serem entregues em Évora, e daí partirá o camião em direção à Ucrânia.
Luís Mendes, presidente da instituição garante que esta uma “participação solidária”, e foi com “imensa vontade” que quiseram participar neste ato, porque segundo diz, “hoje por eles, amanhã quem sabe por nós, pelo que seriamos incapazes de ficar indiferentes perante esta situação”.
Foram muitas as pessoas que contribuíram de diversas formas, revela ainda Luís Mendes, considerando que “os materiais de primeiros socorros, assim como medicamentos, nunca são demais, porque de um momento para o outro escasseiam”.
Tivemos a oportunidade de falar com algumas pessoas que se dirigiram a esta instituição, para contribuir, nesta ação solidária. No caso de Sandra Carvalho, levou medicamentos e, emocionada, garantiu que “é tempo de ajudarmos aqueles que mais precisam”, é importante todos nos mobilizarmos para ajudar este povo, porque a situação é má para eles e se se alastra a outros países é importante todos contribuirmos, principalmente com medicação, porque é o que, neste momento, é escasso e faz falta, tanto para os que ficaram na Ucrânia, como os que já conseguiram passar a fronteira”.
Também Maria Carolina Nobre entregou na manhã de ontem alguns bens, que serão enviados para a Ucrânia, garantindo, que neste momento, ” ajudar os outros é algo muito importante e nobre nobre e faz todo o sentido”.
Na APPACDM de Elvas, encontrámos também duas crianças, que ajudaram a instituição, nesta ação solidária para com o povo ucraniano. Ambas demonstraram, aos nossos microfones, a sua tristeza, para com esta situação.
Inês Ticas explica que é preciso ajudar aqueles que, a seu ver, “sofrem na Ucrânia, principalmente as crianças!”, e afirma que o que mais a tocou foi “ver pessoas que não têm culpa, fugir de coisas que não deveriam estar a acontecer, e não podemos evitar não ajudar”.
Já Ana Margarida Mendes revela que é importante ajudar as pessoas que “tentam fugir desta guerra e não têm sitio onde ficar, é uma situação triste, há guerra e há crianças a fugir, é triste, pelo que é muito bom ajudar as pessoas que não têm culpa e tentam fugir”.
Foram entregues, entre outros bens, material de primeiros socorros, medicamentos, como paracetamol ou anti-gripe, alimentos para recém-nascidos, bem como fraldas e toalhitas, ração para animais de estimação, mantas e lençóis, garrafas de água e comidas enlatadas.