A candidatura das Festas do Povo a Património Cultural Imaterial da UNESCO é discutida esta quinta-feira, 16 de dezembro, na 16.ª reunião do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Para Luís Rosinha, presidente da Câmara Municipal de Campo Maior este é um momento que está a ser vivido com grande esperança e expectativa e, ao mesmo tempo, a notícia aguarda-se com algum nervosismo e impaciência. “A esperança é enorme, nós acreditamos que os comissários que estão a proceder à avaliação, que irão reconhecer aquilo que é uma característica tão forte da nossa cultura popular portuguesa e que se destaca no Mundo pela diferenciação, pelo que a expetativa é altíssima”. Por outro lado garante que “há um nervoso miudinho e estamos a aguardar com grande impaciência para que surja na quinta-feira”, a notícia da aprovação, “que proporcione aos campomaiorenses uma alegria imensa e que nos faça também recordar o que são os nossos antepassados e todas as pessoas que participaram nestas Festas do Povo, com mais de um século de história, pelo que há aqui esperança e ao mesmo tempo, um bocadinho de impaciência, refere Luís Rosinha.
O presidente da Câmara de Campo Maior considera que, a ser aprovada esta candidatura, será “um justo reconhecimento” destas Festas, com “um século de história, que começa com um agradecimento a São João Baptista, e ao longo tempo foram aprimoradas”. Luís Rosinha lembra que “há uma história associada a estas Festas, os serões, a forma como cada um olha para o evento, mas ao mesmo tempo há um sentimento em comum, que é de orgulho, é um sentimento de reconhecimento, e que os campomaiorenses colocam quando ouvem o papel e quando se ouvem as saias cantadas pelo povo, pelo que a conjugação destes fatores é de muito orgulho”, remata.
A 16.ª reunião do Comité do Património Mundial da UNESCO decorre até sábado, dia 18, em Paris (França), estando em análise 55 candidaturas, entre elas a das Festas do Povo, de Campo Maior.