A pecuária extensiva tem ao dispor uma nova certificação para otimizar os níveis de sequestro de carbono nas explorações. O objetivo é valorizar a produção e estimular os produtores a participar ativamente na descarbonização.
As explorações que solicitem a certificação devem apresentar níveis de emissão de dióxido de carbono equivalente (CO2e – medida universal que engloba todos os gases com efeito de estufa) dentro dos estabelecidos pela Agricert (emissões inferiores a zero), o que significa que todas as explorações certificadas permitem o sequestro de carbono.
Ainda assim, o presidente da direção da APORMOR, Joaquim Capoulas, diz-se “mais apologista” de uma certificação relacionada com o modo de produção extensivo, que, do seu ponto de vista, contribui para “um equilíbrio dos ecossistemas”. “Tem em atenção não só os animais, mas também os solos, a floresta, todo este conjunto que compõe os sistemas agro-silvo-pastoris”, acrescenta.
Joaquim Capoulas assegura ainda que esta nova certificação vem no seguimento das constantes notícias sobre a problemática das alterações climáticas, considerando esta apenas uma parte daquilo que deveria ser a certificação de um produto ligado a uma região e aos ecossistemas em que ele é produzido.
Esta nova certificação que tem em vista medir a eficiência ecológica das explorações, tem como público-alvo os proprietários que pretendam otimizar os níveis de sequestro de carbono e assim ostentar nos seus produtos colocados no mercado, o logotipo PBC, como garante do seu respeito pelos recursos e contributo no combate às alterações climáticas.