O Atelier de Arquitetura e Engenharia Sabrab, que tem como CEO o elvense Miguel Barbas, foi a empresa responsável pelo projeto de arquitetura na Clínica Santa Madalena, em Cascais.
O projeto desenvolve-se num edifício com três pisos com cerca de 1250 metros quadrados de área de construção e ainda estacionamento em cave.
O enquadramento para a Serra de Sintra foi um dos pressupostos na distribuição do layout, permitindo que as áreas de espera se tornassem também em espaços de contemplação visual.
O layout dos espaços interiores da Clínica partiu do máximo aproveitamento de luz natural para as áreas de trabalho, reduzindo assim a pegada ambiental no edifício.
A clínica apresenta um conjunto de especialidades dentárias, separadas por alas específicas, num total de 18 gabinetes, incluído uma sala de recobro com um enquadramento particular para a serra de Sintra em área reservada do espaço no piso 1 do edifício.
O edifício apresenta uma área central que permite a separação em diferentes alas quer no piso 0, quer no piso 1.
Assim, na ala esquerda do piso 0 estão concentradas as áreas de receção, atendimento e sala de espera, gabinetes de gestores de pacientes, assim como instalações sanitárias de apoio.
A ala direita do piso 0 foi reservada para a sala de espera infantil com acesso a jardim exterior, área de Odontopediatria e urgências com um total de seis gabinetes, dos quais quatro apresentam as fachadas interiores em vidro permitindo que a luz natural possa dotar áreas interiores do espaço com a mesma qualidade espacial de outras que se apresentam em contacto direto com o exterior.
No piso 1, mais duas alas, estando a ala esquerda afeta a especialidades cirúrgicas de maior complexidade com cinco gabinetes e ala direita com mais sete gabinetes.
Na ligação das duas alas, centralmente no espaço e com vista para a Serra de Sintra, a sala de espera principal da Clínica e ainda instalações sanitárias.
A Clínica para além dos dezoito gabinetes está ainda dotada de laboratório de próteses de apoio à atividade e ainda sala de formação ocupando esta todo o piso 2 do edifício, disfrutando também de uma vista ampla para a serra.
No que diz respeito à materialidade do espaço, o conceito passou pela colocação de painéis de vidro em áreas específicas do espaço, nomeadamente áreas de atendimento e área de Odontopediatria que permitem a passagem de luz natural para a quase totalidade da área destas alas da Clínica.
Pretendeu-se um equilíbrio visual no que diz respeito aos materiais e cores, razão pala qual o branco e o cinzento marcam todo espaço. Optou-se pela existência de apenas duas soluções de pavimentos, nas áreas clínicas vinil cinzento que carateriza a imagem da Clínica nos últimos a anos e um pavimento branco com marmoreado em tons de cinzento nas restantes áreas.
Nos tetos, para além das áreas brancas que preenchem o espaço, surgem outras com betão aparente pintado de cinzento, nos três corredores clínicos e nas salas de espera.
Nos corredores, toda a iluminação é efetuada com linhas LED verticais nas paredes, que confere a estes corredores uma escala distinta do resto da clínica e as salas de espera pontuadas nos tetos de betão com iluminação suspensa.