A “Lojinha” da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo surgiu em 2004, no sentido de se adaptar as respostas sociais às necessidades efetivas da sociedade.
Naquele espaço, que funciona no edifício do Lar de Nossa Senhora da Visitação, agora encerrado, devido à pandemia, as famílias carenciadas têm tido hipótese de assegurar o seu bem-estar, obtendo ali vestuário, mas não só: também mobílias e loiças, por exemplo.
Rita Oliveira, diretora técnica da Santa Casa montemorense, explica que, por esta altura, estão a ser assegurados os serviços mínimos, para se conseguir dar reposta às necessidades mais prementes dos agregados familiares, sendo que a instituição continua a precisar do apoio da comunidade para poder desenvolver este trabalho.
“Toda a roupa que nos é dada, é para ajudar a Santa Casa. E podem ajudar de duas formas: sendo redistribuída, diretamente, a outras famílias, mas a roupa que não está em condições ou que é colocada no depósito, que está junto ao Pingo Doce, identificado com o símbolo da Misericórdia, é contabilizada, pesada e convertida em valor monetário”, explica Rita Oliveira.
O valor da conversão da roupa será depois utilizado para os mais variados fins: sempre, com vista, a ajudar os mais necessitados. “Para pagamento de uma medicação, para pagamento de uma renda de casa, para pagamento de uma garrafa de gás, ou seja, a roupa tem sempre uma utilidade”, garante ainda a diretora técnica da instituição.
Atualmente, há apenas um contentor para este fim, para além daquele em Montemor, em Foros de Vale Figueira. A Santa Casa espera, ainda assim, conseguir, em breve, chegar a mais freguesias rurais.
A “Lojinha” da Santa Casa, enquanto resposta complementar ao Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, é assegurada pelo espírito de solidariedade da comunidade do concelho de Montemor, através da doação de bens em prol da sua utilização por famílias carenciadas.