Com o avanço do processo de vacinação no país e na região, pretende-se alcançar a tão desejada imunidade de grupo.
Por esta altura, já foram vacinados, entre outros, os profissionais de saúde, os utentes e funcionários dos lares, assim como as forças de segurança e as pessoas com mais de 80 anos, tal como aqueles que, com mais de 50, sofrem de algum tipo de doença.
O objetivo, revela Vera Escoto, diretora clínica da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), é que, quando se começar a desconfinar, haja já uma grande franja da população a quem já tenha sido administrada, pelo menos, a primeira dose da vacina. “A primeira dose já vale uma proteção enorme”, garante.
Ainda assim, a médica lembra que quem é vacinado pode ainda ser infetado e transmitir o vírus, pelo que estas pessoas têm agora uma grande responsabilidade. “Têm de continuar a resguardar-se, porque poderá ter uma infeção, com menor gravidade, e passar a outros. É preciso saber que quem foi vacinado tem uma grande responsabilidade, foi escolhido, mas temos de ser sempre um exemplo de saúde pública”, diz ainda.
Nesse sentido, Vera Escoto assegura que é preciso continuar a usar a máscara, manter o distanciamento social e “entusiasmar os outros”, a cumprir as regras. “Estejam em casa, saiam só para o que é essencial”, pede, acrescentando: “mesmo quando se levantar o confinamento, que continuem com estas regras, para que consigamos vencer este vírus”.
Quanto às três vacinas que estão a ser administradas no país, Vera Escoto explica que as segundas doses da Pfizer e da Moderna devem ser aplicadas ao fim de 21 dias. Já a segunda dose da Astrazeneca “é para ser dada entre a oitava e 12ª semana”. “Quanto mais perto do limite das 12 semanas, melhor o resultado da imunidade”, revela ainda.