Município de Alandroal quer dar “vida” a Terena com projeto de regeneração urbana

Imagem: VortexMag

A vila de Terena, no concelho de Alandroal, vai ser alvo de um conjunto de obras, no âmbito de um projeto de regeneração urbana.

Com vista potenciar a atração de visitantes, bem como “a dinamização de projetos turísticos, hoteleiros e de animação local” naquela vila histórica, revela o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, o objetivo passa por reabilitar alguns imóveis, situados no centro histórico.

“Terena é uma vila histórica, uma das chamadas vilas novas medievais, que tem um centro histórico de elevado interesse e que tem alguns imóveis, nesse centro histórico, que merecem uma reabilitação e uma colocação ao serviço da comunidade e da visitação”, começa por dizer o autarca.

A intervenção a ser feita em Terena, adianta João Grilo, será feita a “três níveis, numa fase inicial”, começando, desde logo, pelo castelo. “O castelo era da propriedade do Estado e passou, através da transferência de competências da cultura para a posse do município”, recorda, sendo que para aquele espaço a autarquia quer desenvolver um projeto de “preservação e de criação de zonas de circulação seguras”. “Em primeiro lugar, queremos tornar seguro o castelo e a sua visitação”, assegura.

Por outro lado, o município pretende recuperar os antigos Paços do Concelho, junto ao castelo de Terna, bem como um edifício da Misericórdia. Estes serão dos edifícios que “podem ser colocados ao serviço da comunidade, em que se podem criar espaços de disposição, residências artísticas e condições de arquivo”.

O objetivo, diz ainda João Grilo, é concluir a intervenção em Terena com a criação de um museu dedicado a Endovélico. “Queremos que o imaginário do Deus Endonvélico, que é originário da freguesia de Terena e do Monte de São Miguel da Mota, possa, de alguma forma, voltar ao concelho de Alandroal, uma vez que, neste momento, está todo em Lisboa, no Museu Nacional de Arqueologia, mas queremos também fazer dele um museu de todo o concelho”, explica ainda o autarca.

Este novo museu virá a ser instalado junto ao castelo, numa zona que ficou “degradada, pela extração de inertes, quando se construiu a Barragem de Lucefécit”. Toda aquela zona será requalificada, com a construção também de um parque verde. “Queremos ter uma nova entrada na vila, que ligue ao centro histórico que, por sua vez, fará a ligação à Capela da Boa Nova, criando-se um circuito de visitação, que convide as pessoas a conhecer uma vila que tem um potencial enorme”, remata João Grilo.