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Ataque de matilha a cavalo em Elvas podia ter acabado “em tragédia”

Um cavalo ficou gravemente ferido, depois de ter sido atacado, no passado domingo, 16 de fevereiro, por cerca de 15 cães, numa propriedade privada, situada na Estrada da Fonte da Pedra, na zona do Vedor, em Elvas, na sequência de uma montaria aos javalis que se realizava na Serra da Malefa.

Considerando que é preciso ter “muito mais cuidado”, sendo que a situação podia ter sido ainda mais grave, o proprietário do cavalo, João Bico, explica que um dos matilheiros da montaria acabou por “perder o controlo” dos seus cães. “Invadiram-me a propriedade e deram-me cabo de um dos animais. O cavalo está ferido e tive de chamar o médico veterinário e uma patrulha da GNR, para tomar conta da ocorrência”, relata.

“Os matilheiros têm que ter muito mais cuidado com os cães, porque da parte da associação de caçadores correu tudo bem, as pessoas cumpriram com aquilo que disseram. Eu tinha um rebanho de ovelhas que esteve encerrado, como prometi à montaria, mas agora os cavalos, que estavam a mil e tal metros, obviamente que não os encerrei”, adianta.

No local, encontravam-se também duas crianças. “Foi perigoso. Calhou os cães não se meterem com as crianças, senão matavam-me a minha filha. Não quero imaginar o que é que se podia ali ter dado”, acrescenta João Bico.

O queixoso, que repudia a forma como o matilheiro agiu consigo, explica que se podia ali ter dado “uma tragédia” e diz não saber quem vai assumir os custos com os tratamentos do cavalo. “O mais grave é que o dono dos cães ainda me respondeu mal, naquilo que é meu. Disse para mim: ‘pensa que os cães são telecomandados? Você é que devia ter prendido os cavalos”, conta.

O cavalo que encontrava-se numa propriedade privada, revela ainda João Bico, sofreu ferimentos graves, pelo que não sabe se irá recuperar devidamente. “Chamei o veterinário da casa para tratar e coser o animal (ver foto), mas não sei se vai ficar bom ou não. O cavalo é da minha filha, que se fartou de chorar”, diz ainda.

Tanto João Bico, como o matilheiro em causa foram identificados pelos militares do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), que se deslocaram ao local, sendo que, tal como explicou à Rádio Elvas o comandante do Posto Territorial da GNR de Elvas, capitão Rui Jacob, os envolvidos tinham os seus documentos em ordem. A situação terá agora de ser tratada a nível cível, depois do queixoso apresentar queixa formal.

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