A Escola Superior Agrária de Elvas, do Instituto Politécnico de Portalegre comemorou, esta quarta-feira, 25 de outubro, os seus 27 anos de existência, e em simultâneo assinalou os 20 anos do ensino da Enfermagem Veterinária em Portugal, com os olhos postos nos desafios do futuro.
Para a diretora da ESAE, Rute Santos, esta é uma data “muito importante”, reforçando que o curso de enfermagem veterinária é aquele que tem mais alunos e é uma aposta vencedora do IPP, porque foi a primeira instituição do país a desenvolver esta atividade formativa”.
Rute Santos revela ainda que, neste momento, a instituição de ensino enfrenta “alguns desafios imediatos, porque somos vítimas do nosso próprio sucesso, este ano, conseguimos o número de recorde de alunos, superamos os 500 matriculado, o edifício foi projeto para 200, mas temos contado com a colaboração dos docentes e de outras entidades, para a cedência de espaços, para colocar a oferta formativa em funcionamento mas, na prática, temos limitações físicas, em termos de espaços”. A preocupação da diretora da ESAE, a médio prazo, é também a “previsível redução do número de candidatos ao ensino superior”.
Já o presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Luís Loures, destaca o trabalho que a ESAE desenvolveu ao longo destes anos, para o sucesso do curso de enfermagem veterinária, por isso sente-se “orgulhoso” por terem sido a instituição pioneira neste domínio científico.
Questionado sobre quais os desafios que a ESAE enfrenta e, depois de ter alargada a sua oferta formativa, Luís Loures afirma que se prendem com “dores de crescimento”, ou seja, segundo diz “este ano temos, em Elvas e Ponte de Sor, uma nova oferta formativa na área do desporto e atividade física, um domínio científico que queremos abraçar, pelo interesse que tem para a região e para os jovens e, agora continuamos a crescer, já temos aulas em vários equipamentos municipais, mas é preciso fazer crescer as infraestruturas”.
Luís Loures diz que esse “é um desafio da Escola, do IPP e da Câmara, estamos atentos ao financiamento do programa regional de Desenvolvimento da CCDR, com o ministério da Coesão Territorial porque entendemos que é fundamental para Elvas alargar a oferta formativa, mas também ter condições adequadas para os estudantes, quer do ponto de vista infrestrutural e tecnológico, já ao nível da habitação, a par da construção da nova residência, temos já aprovado um financiamento para requalificar a existente, o que são boas notícias para a cidade para a Escola e para Região que vai poder acolher mais estudas e é esse o nosso objetivo”.
O presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida revela que esta é uma “instituição que tem tido muito trabalho para chegar até aqui”. Rondão Almeida diz que o município tem presente que esta instituição de ensino superior “contribui bastante para o desenvolvimento da cidade”, recordando a criação de novos cursos, como foi o caso deste novo ano letivo, construção da nova residência de estudantes”.
O desejo do presidente é que a ESAE venha a alterar o seu nome para Escola Superior de Elvas, para “abranger mais cursos”.
Depois dos discursos institucionais foi proferida uma palestra alusiva aos 20 anos do Ensino de Enfermagem Veterinária em Portugal. O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, em declarações à Rádio ELVAS revela que este é um curso “muito importante e assume-se como um impulso para a própria medicina veterinária, porque necessitamos de trabalhar com enfermeiros, e é um curso que continua a ter muita saída, o que é bom porque temos falta de enfermeiros nas grandes cidades”.
