O centro histórico de Évora vai ter edifícios equipados com telhas concebidas para produzir energia solar. Os testes iniciais, a realizar no edifício dos Paços do Concelho, vão abrir o caminho à criação de condições que permitirão estender esta medida a outros edifícios.

À vista, estas novas telhas não são diferentes das utilizadas nos edifícios existentes, pois mantêm a cor terracota e o formato tradicional. São telhas solares compostas por material que deixa passar a luz, ficando as células fotovoltaicas localizadas no interior de módulos, fora do campo de visibilidade a partir do exterior dos edifícios. Trata-se de um produto inovador dotado de tecnologia avançada que, após um teste inicial bem sucedido no Parque Arqueológico de Pompeia, em Itália, tem vindo a ser utilizado em várias localizações na Europa.

O POCITYF – Positive Energy CITY Transformation Framework é um projeto de cidades inteligentes, em que Évora se situa como cidade-piloto em conjunto com Alkmaar, nos Países Baixos. O objetivo principal é “criar um conjunto de áreas geograficamente delimitadas com uma produção local renovável superior ao consumo, em termos de média anual”. O POCITYF pretende “transformar o tecido urbano das cidades, em especial as áreas cultural e historicamente protegidas, em locais mais sustentáveis, saudáveis e acessíveis”.

A instalação de telhas solares em edifícios do centro histórico de Évora “vai ser mais um passo importante na estratégia municipal de luta contra os efeitos negativos das alterações climáticas, que a Câmara Municipal de Évora tem vindo a implementar com vários planos e projetos atualmente em desenvolvimento”, segundo divulga a autarquia.

O mês de junho em Portalegre será dedicado ao teatro, com um programa que engloba mais de uma dezena de peças e a participação de dezenas de atores, o “Junho em Cena-Mostra de Teatro”.

O “palco principal” deste evento será o Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre, que receberá nos dias 2 e 3, na abertura desta mostra de teatro, a peça “Penélope”, da autoria de Alice Sampaio, pela companhia UMCOLETIVO.

Durante todo o mês de junho, nas escolas do concelho e por marcação, os jovens dos 8 aos 12 anos poderão assistir à peça “Escuridão Bonita”, a partir do texto “Estória”, de Ondjaki, com criação de Cátia Terrinca e João P. Nunes.

O CAE Portalegre irá ainda acolher, no dia 7 de junho, a peça “Apocalipse 2020”, da Companhia João Garcia Miguel, inspirada no “Comentário ao Apocalipse”, de Apríngio, Bispo do século VI, na Lusitânia. Também no CAE, dia 17 de junho subirá a cena a peça “Diário de uma República II”, a segunda edição de um projeto de Teatro e Fotografia da Amarelo Silvestre.

Dia 24 de junho, no Centro de Artes, o encenador e ator Elmano Sancho, Dennis Correia aka Lexa Black e Pedro Simões aka Filha da Mãe serão os protagonistas da peça “Damas da Noite”, uma obra sobre o Transformismo, que explora a presença ou ausência de fronteiras entre realidade e ficção, ator e personagem, homem e mulher.

O CAE Portalegre receberá ainda, no dia 16 de junho, um workshop de Fotografia de Cena, ministrado por Susana Chicó, que terá inscrições gratuitas (para o número 245307498), limitadas a 15 participantes.

Além das peças que subirão ao palco do CAEP, para as quais será necessária a compra de bilhete, o “Junho em Palco-Mostra de Teatro” terá cerca de uma dezena de peças e atividades com entrada livre.

Assim, no dia 3 de junho, no Convento de São Francisco, poderá assistir à peça “Irene”, de Djaimilia Pereira de Almeida, com encenação de Fátima Reis e interpretação de alunos do ensino secundário. Esta peça está englobada no Festival PANOS – Novos Palcos, Novos Mundos, do Teatro Nacional D. Maria II.

No dia 16 de junho, será a vez do grupo de jovens Trio Violeta Escuro, que apresentará a peça “Duas Pessoas e uma ilha sozinha”, com dramaturgia e imagem cénica de Fátima Reis e Joana Pitta Gróz.

Ainda no Convento de São Francisco, a BI.ACTRIZ Associação de Artistas subirá a palco com a peça “O Ensaio”, do dramaturgo André Tecedeiro, com criação artística e direção de trabalhos de Fátima Reis e Joana Pitta Gróz, parte do projeto “Portalegre Cidade Educadora”.

O Convento de Santa Clara irá receber quatro peças com entrada livre: no dia 4 de junho, será a vez de “A Maior Flor do Mundo”, a partir da obra de José Saramago, com adaptação e dramaturgia de Alexandre Calçada, Elisabete Pinto e Isabel Barros.

No dia 11 de junho, a obra “Queres Fazer Um Barco Comigo?”, de Judite Canha Fernandes, será transformada num teatro radiofónico, que fala da (re)descoberta da liberdade, a partir dos olhos de uma criança que sonha com o mundo lá fora.

A 18 de junho subirá a cena a apresentação, com leitura encenada, da “Breve História do Sonho Piu”, de Cátia Terrinca, Ricardo Guerreiro Campos, Magda Cordas e Helena Major. No dia 25 de junho, a partir de uma peça de trapologia cosida pela Cooperativa Operária Portalegrense e pela Escola Artística António Arroio, “Mil e Uma Noites: Trapologia de Gente” abordará as vivências de mulheres de Portalegre do Século XX.

No Auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude, no dia 5, poderá assistir à peça “John Gabriel Borkman”, a partir da obra de Henrik Ibsen, pelo Grupo de Teatro da Escola de S Lourenço, com encenação de António Pascoal.

Finalmente, no dia 6 de junho, na Biblioteca Municipal, irá decorrer um workshop de Escrita Criativa|Clube de Leitura, por João Garcia Miguel, com entrada livre.

Foi recentemente implementada, pela Direção-Geral do Património Cultural, a Rede Nacional do Património Cultural Imaterial, que conta já com 17 membros.

Para a diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, esta rede tem “uma grande relevância, porque se trata de uma dimensão da área da cultura e do património cultural que tem estado estruturada até agora”, sendo que, a partir de agora, “existem instrumentos para uma melhor estruturação do trabalho em rede”.

O objetivo da Rede Nacional do Património Cultural Imaterial assenta “na partilha do conhecimento, de boas práticas e, no fundo, apoiar aquilo que são as maiores ou menores competências e capacidades dos vários membros da rede e ter um apoio mútuo que resulte num maior fortalecimento desta rede”, adianta Ana Paula Amendoeira.

O conhecimento tradicional, ou o “saber-fazer”, segundo a diretora regional de Cultura do Alentejo, “é fundamental para o desenvolvimento do presente e do futuro, inclusivamente para os desafios que se colocam às regiões, aos territórios, às pessoas e à economia circular”.

O anúncio da rede coincide com o Encontro “Portugal Imaterial: Convenção UNESCO 2003-2023”, que decorreu em Évora. Este encontro foi o primeiro de três momentos de celebração do 20.º aniversário da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, que a Direção Geral do Património  Cultural vai promover ao longo do ano.