O auditório da Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) abriu na tarde desta quinta-feira, 26 de janeiras, as suas portas para um workshop sobre temas relacionados com a sustentabilidade na agricultura, promovido pelos investigadores do InnovPlantProtect.
A sessão foi destinada a professores e alunos da ESAE, bem como a duas turmas da Escola Secundária D. Sancho II, no âmbito da disciplina de Biologia.
Partilhar com os mais jovens os conhecimentos, ao nível da importância, entre outros, da biodiversidade e da economia circular na agricultura, foi um dos grandes objetivos da sessão, segundo com uma das oradoras e diretora do Departamento de Monitorização e Diagnóstico do laboratório colaborativo elvense, Ilaria Marengo. “O que nós temos como conhecimento, vamos partilhar com estes jovens, porque serão eles que, no final, vão plantar, diretamente no campo, quando terminarem os seus estudos”, assegura.
A investigadora assegura ainda que, no âmbito das comemorações do seu quarto aniversário, o InnovPlantProtect tem procurado estar mais próximo da comunidade, dando a conhecer, sobretudo ao seu público-alvo, o trabalho diário desenvolvido. “Como (o InnovPlantProtect) foca o seu trabalho a melhorar toda a situação na agricultura e fazê-la mais sustentável, na área de Elvas, é importante saber comunicar o que fazemos, com as pessoas e com os futuros jovens agricultores”, garante.
A Ilaria Marengo, na palestra “Pode a biodiversidade e a economia circular tornar a agricultura mais sustentável”, juntou-se a investigadora Maysa Toledo. Nuno Faria e Hadi Sheikhnejad falaram aos presentes sobre “Insectos: Bons, maus e como identificá-los”, enquanto Ricardo Ramiro ficou responsável pelo painel “Microbioma: o que é e para que serve na agricultura” por Ricardo Ramiro. A moderação deste workshop esteve a cargo das professoras Ana Cordeiro, da ESAE, e Paula Grilo, da Escola Secundária D. Sancho II.
De acordo com Ana Cordeiro, esta colaboração entre as escolas e o InnovPlantProtect vem no seguimento de um trabalho de uma aluna da ESAE, realizado no laboratório colaborativo. “Contactaram-me após a discussão do trabalho da aluna para fazermos esta colaboração, onde sugeriram também a entrada dos alunos da D. Sancho II, o que para nós é fantástico, porque fazemos a ponte de ligação entre investigação, ensino secundário e ensino superior”, adianta. A esperança de Ana Cordeiro é que alguns alunos, quer da ESAE, quer da própria escola secundária, possam vir a colaborar diretamente com os investigadores do InnovPlantProtect.
Já a professora Paula Grilo considera estas iniciativas uma “mais-valia”, para os seus alunos, na secundária, sendo o InnovPlantProtect um projeto que está relacionado com a área da Biologia. “Acho importantíssimo termos estas parcerias com a comunidade, para nós que podemos ter outras aprendizagens e para os alunos também, porque eu acho que as aprendizagens fora do contexto de sala aula são importantíssimas”, garante.