Depois da notícia avançada pela Rádio ELVAS que dava conta da denúncia de uma mãe sobre a comida que é servida no refeitório da Escola Básica 2,3 de Santa Luzia, o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, visitou esta sexta-feira, 11 de novembro, a cantina deste estabelecimento de ensino, para aferir, junto dos alunos a sua satisfação, com as refeições.
Junto de alguns alunos que se encontravam a almoçar o presidente questionou-os sobre se poderiam repetir a refeição, se quisessem, e também sobre a qualidade da comida que ali é servida. Estes alunos responderam: “como a sopa e vou repetir à vontade, conforme tiver fome e as senhoras cantina dão-me, não tenho queixas nenhumas a fazer”, outra aluna disse: “é bem servida, tem vezes que não sabe assim tão bem, mas a quantidade é uma boa porção, sempre me deixaram repetir”.
“É maravilhoso, é muito bom, podemos repetir se comermos a sopa”, disse outra criança. “A comida é boa, já foram encontradas várias coisas e o peixe, ontem, estava cheio de espinhas, mas hoje a comida está muito boa”, explicou outra aluna.
Depois de ouvir os alunos, Rondão Almeida, em declarações à Rádio ELVAS adiantou que ali o seu objetivo foi o de verificar, se este foi um caso pontual ou se era geral, concluindo que as crianças que questionou foram unânimes na resposta. “Tive a preocupação de ir atrás de uma queixa de uma encarregada de educação, que chegou à Câmara Municipal, através de email, estou atento, e sempre que há problemas, principalmente com este escalão etário, quis vir ao terreno para ver se, este era um caso pontual, ou geral, e o que me apercebi é que várias crianças foram unânimes em dizer que estavam super satisfeitas com a comida”, declara.
Apesar de garantir querer ver este tipo de situações resolvidas, o presidente confessa sair do cinclo de Santa Luzia “confuso”, porque segundo diz “ quero atuar para resolver problemas, mas o que acontece é que a Câmara tem uma comissão de acompanhamento do que são as refeições que tem de apresentar um relatório mensal, de tudo o que se passa, tenho um funcionário responsável em cada escola, as diretoras de cada agrupamento que se houver algum problema fazem-me chegar”.
O presidente garante que, este ano letivo, ainda não tinha chegado nenhuma queixa, “nem do relatório mensal, nem do vigilante, nem de nenhuma diretora”, por isso afirma que “estamos agora perante uma situação que é um bocado difícil o presidente da Câmara tomar decisões”.
A empresa que está a servir as refeições foi contratada em 2020 e tem contrato até 2023, revela o presidente, adiantando “não a posso colocar de fora, sei que no ano passado houve vários problemas, várias reuniões e repreensões a essa mesmo empresa, e pelos vistos, o que acontece este ano foi o reforço da qualidade e da quantidade”.
Para esclarecer as situações que surgiram relativamente às refeições e respetiva queixa por parte dos pais, na segunda-feira, às 16 horas, haverá uma reunião, quer com o responsável da empresa, como com os presidentes das associações de pais, bem como encarregados de educação.
Rondão Almeida adianta que antes desta visita falou com as três diretoras dos agrupamentos, do concelho, que não apresentaram nenhuma “reclamação plausível, a não ser o facto de em alguns dias algumas crianças não gostarem da refeição servida, mas há aqui um reparo”, revela o presidente, “há um agrupamento que está muito satisfeito com a cozinheira, já neste agrupamento (referindo-se ao nº2) não estão satisfeitos com a cozinheira, e isto vai ser analisado na reunião de segunda-feira, porque muitas vezes estas questões não estão relacionadas com a empresa mas sim com quem confeciona as refeições, e isto vai ser tido em conta”, remata.
Já a diretora do Agrupamento de escolas nº2 de Elvas, Brígida Gonçalves considerou esta visita “ótima”, e afirma que “o que é transmitido nem sempre é a realidade e agora venho constantemente ao refeitório e provo a comida”, e garante que é uma “batalha constante” as crianças comerem a sopa, bem como a salada.
A presidente da Associação de Pais deste agrupamento de escolas, Inês Ferreira, revela que recebeu as mesmas imagens que a Rádio ELVAS e adianta que, na verdade, “estranhei as queixas, aqui vejo que estão a comer e, para já não vejo motivo de alarme”, garantindo que vai reunir os pais e dizer que esteve no local para ver como funciona o refeitório que a seu ver “está a funcionar bem, para ver se as coisas acalmam um pouco”.
Inês Ferreira admite que a questão do inseto no prato da criança “não é normal nem agradável”, mas é uma situação “pontual”, acreditando que a reunião de segunda-feira, possa ser esclarecedora para perceber “o que pode ser feito para melhorar”.
Rondão Almeida que visitou esta sexta-feira, o refeitório do ciclo de Santa Luzia, para perceber junto dos alunos a sua satisfação, com as refeições ali servidas.
