A imagem de uma refeição servida no refeitório da Escola Básica 2,3 nº2 de Elvas, na Boa-Fé (na foto), andou a circular pelas redes sociais e chegou à redação da Rádio ELVAS. A pouca quantidade de comida servida aos alunos gerou alguma polémica junto de pais e encarregados de educação.
Contactada pela Rádio ELVAS, Paula Rondão, diretora do Agrupamento de Escolas nº1 de Elvas, refere que “não chegou qualquer queixa oficial à direção deste agrupamento, por parte de qualquer encarregado de educação. Aquilo que eu sei é da parte da câmara municipal e o que foi transmitido, a título particular, fora da escola, a um adjunto da Direção. No entanto, houve um Conselho Municipal de Educação, com o senhor presidente da câmara, e foi-nos pedido para estarmos bastante atentos às refeições, à quantidade e qualidade da comida e assim que haja alguma ocorrência temos que reportar à câmara. É isso que nós estamos a fazer. Temos uma funcionária afeta só ao refeitório e caso haja alguma ocorrência é reportada ao gabinete socioeducativo da Câmara Municipal de Elvas”.
“É preciso que as pessoas saibam e estejam bem esclarecidas que a a escola nada tem a ver com as refeições que são servidas na escola. Ou seja, os almoços são servido por uma empresa, contratada há alguns anos, que tem que prestar contas à autarquia e não à escola. Às vezes os encarregados de educação não sabem dessa questão e acabam por culpabilizar as pessoas erradas. É essa empresa que tem que ser chamada à atenção, por quem lhe paga, neste caso a Câmara Municipal de Elvas, pelas suas atitudes”, garantiu a responsável.
Maria João Farelo, chefe da divisão socioeducativa da Câmara Municipal de Elvas, explica “este ano letivo esta situação é nova. Tentaremos, junto da empresa, perceber o que pode ter acontecido. Esta situação pode estar relacionada com a falta de agendamento de refeição por parte dos alunos, digo eu sem ter a certeza. As funcionárias, para que a criança não fique sem refeição, acabam por servir assim”.
A responsável garante que “estamos a falar de um refeitório que já serve crianças de segundo e terceiro ciclo, com uma quantidade de comida que já é superior àquela que é servida às crianças do pré-escolar e primeiro ciclo. Neste momento, as doses servidas vão de encontro ao que a lei obriga. A autarquia está a cumprir com as obrigações enquanto procedimento concursal e tentamos que a empresa também o faça, mas a verdade é que este dilema já tem mais de dois anos”.
Refeições servidas na Escola da Boa-Fé geram algum desagrado junto dos pais. Um prato que devia conter peixe e batatas, tinha na sua maioria apenas batatas, como se pode ver nas imagens.