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Novos alunos da Secundária de Elvas recebidos com as tradicionais praxes

No dia em que, na maioria das escolas portuguesas, arranca o novo letivo, os alunos de 10º ano, que frequentam, pela primeira vez, a Secundária D. Sancho II, em Elvas, foram recebidos, na manhã desta sexta-feira, 16 de setembro, com as tradicionais praxes que, nos últimos dois anos, estiveram impedidas.

Coube aos alunos de 12º anos praxar os chamados caloiros, antes e depois da habitual apresentação e receção feita pelos professores na escola: primeiro, no Bairro de Santo Onofre e, por fim, na Praceta dos Descobrimentos.

“Pintaram-me a cara, puseram-me ovos e farinha no cabelo e fizeram-me andar de rastos na lama”, conta Vera Lopes, uma das novas alunas da Secundária, que assegura que as praxes servem, do seu ponto de vista, para, entre outros, conhecer novas pessoas. “Eu acho que é divertido e que as pessoas, por uma vez, podiam experimentar, para ver se gostam ou não”, diz ainda.

Também Loureço Coelho considera que as praxes ajudam alunos como ele, no primeiro ano que frequenta a Secundária, a conhecer os outros estudantes da escola. Para Gabriel Adagas, que agora está a ser praxado para, dentro de dois anos ser ele a praxar, esta iniciativa de integração foi “fantástica”.

Esta, que é encarada como “uma tradição”, acaba, para muitos alunos, ser vista como uma forma de integração dos novos estudantes, sendo que Matilde Cambóias, de 12º ano, garante que estas praxes até ajudam preparar os caloiros para aquilo que os espera quando ingressarem no Ensino Superior. “Mandamos-lhes ovos, despejamos-lhes bebidas, depois também fazem serenatas”, revela ainda.

Já Alexandre Cobra, também aluno de 12º ano, assegura que as praxes são apenas uma forma de “divertimento”, assegurando que só participa quem quer. “Não obrigamos ninguém a ser praxado”, garante. Quanto ao facto de ser habitual rapar parte do cabelo aos rapazes, Alexandre diz não concordar com isso, por mais que essa tradição se tenha cumprido.

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