A comissão de acompanhamento do Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA) de Elvas reuniu ontem, sexta-feira, 12 de agosto, nos Paços do Concelho da Câmara de Elvas, com o objetivo de tentar resolver alguns problemas que têm surgido recentemente, no canil de Elvas, nomeadamente relacionados com a eutanásia nos animais.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, os conselheiros chegaram à conclusão que “o problema está na relação entre o veterinário municipal e a responsável pela Associação Movimento Animal, Cláudia Pombeiro”. Este tipo de ligação, acrescenta o presidente, “leva a que fosse provado que os serviços não estavam a funcionar com a segurança devida”.
Desta forma e para acabar com este problema, Rondão Almeida propôs “desviar o veterinário municipal, para outras responsabilidades, a nível do concelho, e deixar as do canil; assim como tentar entrar em acordo com a Escola Superior Agrária, para perceber se, através dos seus docentes e pessoas especializadas, consegue tomar conta da parte clínica do canil” e o município mantém “a higiene, alimentação e compra medicamentos necessários para o efeito”.
Desvia-se, igualmente do canil, a Associação Movimento Animal, que “tem o seu estatuto e local próprio para ter os seus cães e a Câmara o que fará, à semelhança do restante movimento associativo, é dar os apoios que forem necessários”, esclarece Rondão Almeida.
O presidente da Câmara Municipal de Elvas considera que, “de uma vez por todas, isto se vai resolver, separando devidamente as águas”, adiantado que a Câmara assume “a responsabilidade em garantir uma qualidade de vida para os animais do canil e a Associação vai desempenhar aquilo que são as suas tarefas, mas fora das instalações da Câmara de Elvas”, remata.
Momentos antes desta reunião, um grupo de pessoas a favor do bem-estar dos animais, envergando cartazes com fotografias de animais, juntou-se no exterior da Câmara para expressar o seu descontentamento com o que se passa no canil da cidade. Rondão Almeida convidou-as a assistir à reunião, que foi aberta ao público.
Céu Peguinho, uma das pessoas que faz parte deste grupo refere que esta foi “uma iniciativa pacífica, com o objetivo de dar voz aos animais, porque tenho acompanhado esta situação e era impensável isto continuar” e diz-se “muito grata pelo facto de o presidente ter tomado esta atitude”, afirmando que agora “vão ter paz e têm a certeza que os animais vão ser bem tratados e com dignidade”.
A decisão de afastar o veterinário municipal das suas funções, no canil municipal, assim como a Associação Movimento animal foi aprovada por unanimidade, nesta reunião de conselheiros, e segue agora para aprovação do executivo, em reunião de Câmara.