Depois de “meses de muito trabalho”, o vice-presidente da Câmara de Elvas, Hermenegildo Rodrigues, não podia estar mais satisfeito com a concretização de “um sonho antigo”, que viu esta sexta-feira cumprido: 20 anos depois, a Volta a Portugal voltou a contar com uma etapa na cidade Património da Humanidade.

Com um “orgulho imenso”, por ter trazido para a cidade a festa maior do ciclismo em Portugal, Hermenegildo Rodrigues faz um balanço “francamente positivo” deste dia, sendo que, agora, assegura, é necessário continuar a trabalhar. “Temos de apostar naquilo que é nosso, na nossa cidade, levar a nossa cidade além fronteiras. Se conseguirmos isso, podemos criar sinergias, rentabilizar o investimento e trazer cada mais gente a Elvas”, garante.

Conhecendo a realidade da Volta a Portugal, e apesar das críticas da população, devido, sobretudo, aos cortes de trânsito que a competição implicou, Hermenegildo Rodrigues assegura que não havia melhor local que a Avenida de Badajoz para a meta da prova em Elvas. Confessa que chegou a sugerir que a chegada do pelotão acontecesse junto ao Forte da Graça, mas que, nesse caso, a organização desistiria de trazer a Volta a Elvas.

O vice-presidente da Câmara assegura ainda que junto ao forte seria impossível acolher a “imensidão de infraestruturas e de serviços” que acabaram por ser instalados na Avenida de Badajoz.

“Isto é o culminar de um sonho que alimento há muitos anos”, diz ainda Hermenegildo Rodrigues, em declarações à Rádio ELVAS, visivelmente emocionado.

O norte-americano Scott McGill, da Wildlife Generation, foi o grande vencedor da primeira etapa da Volta a Portugal, que teve esta tarde a sua chegada a Elvas, com a meta instalada na Avenida de Badajoz.

Oliver Rees, da Trinity Racing, terminou em segundo, seguido de Mauricio Moreira, da Glassdrive.

Com a meta a ser cortada cerca de vinte minutos antes do previsto, esta etapa ligou Vila Franca de Xira à cidade Património Mundial, num total de 193,7 quilómetros.

O vencedor do prólogo, disputado ontem em Lisboa, Rafael Reis, da Glassdrive, foi um dos muitos ciclistas que caíram a dois quilómetros da meta. Continua, ainda assim, a ser o líder da classificação geral, mantendo a camisola amarela.

Amanhã, a Volta a Portugal começa em Badajoz, terminando em Castelo Branco, com um percurso de 181,5 quilómetros.

O chef Chakall foi desafiado pelo Continente, o patrocinador oficial da 83ª Volta a Portugal, a criar dez receitas regionais, uma por cada etapa da prova de ciclismo.

Com a chegada prevista para as 17h30 desta sexta-feira, 5 de agosto, dos ciclistas a Elvas, depois da primeira etapa iniciada em Vila Franca de Xira, o chef esteve hoje a promover um showcooking, aberto à participação do público, na sua “bicicleta-fogão”, no Continente Modelo da cidade.

Em declarações à Rádio Elvas, o chef revela que, para Elvas, preparou uma receita “especial” de pataniscas de bacalhau com cenoura e outros produtos frescos, como coentros. A ideia desta iniciativa, adianta, “é dar a volta a Portugal, com dez receitas criadas, tendo sempre por base os produtos locais”. Sendo o Continente “o patrocinador oficial da Volta, fazia sentido ligar a prova à comida e estar com o público local”, diz ainda.

Quanto a Elvas, o chef garante que é uma cidade “linda e preciosa”, que conhece bem, destacando, por um lado, as muralhas, e, por outro, as pessoas, que são “muito simpáticas”.

Todas as receitas desta iniciativa, incluindo das pataniscas hoje confecionadas em Elvas, estão disponíveis na plataforma Continente Feed e nas 15 lojas Continente por onde passa a Volta a Portugal. Depois de Elvas, o chef irá ainda promover outros showcookings nos Continentes de Castelo Branco, Covilhã, Fafe e de Cabeceiras de Basto.

O projeto “O Ciclismo vai à escola”, da Federação Portuguesa de Ciclismo, está instalado na zona de chegada da Volta a Portugal em bicicleta, na Avenida de Badajoz, em Elvas.

Irina Guerreiro (na foto), coordenadora do projeto, explica que “o objetivo é promover o uso da bicicleta em jovens entre os 3 e os 12 anos. Normalmente, desenvolvemos este projeto em época escolar, para incentivar as crianças a ir de bicicleta para a escola. Agora, com a volta, estamos aqui com o “Pedala na volta”, que pretende fazer com que as crianças se interessem mais pela modalidade”.

As crianças “vêm até aqui, inscrevem-se e habilitam-se ainda a ganhar uma bicicleta adequada à sua idade. Esta circuito destina-se quer para crianças que já saibam andar de bicicleta, quer para as que ainda estão a aprender porque nós também podemos dar uma ajuda”.

Pedala na volta acompanha a Volta a Portugal em bicicleta com atividades para os mais novos. Em Elvas, as atividades decorrem na Avenida de Badajoz, até às seis da tarde.

A Guarda Nacional Republicana (GNR) vai desempenhar diferentes missões no decorrer da Volta a Portugal em Bicicleta: “por um lado, há militares a acompanhar toda a prova e, por outro, há militares em pontos fixos, como é o caso dos que estão afetos ao Destacamento de Elvas”, como nos referiu a capitão Maria Coutrim, comandante em suplência do Destacamento Territorial de Elvas da GNR.

A GNR constitui, neste tipo de eventos, “um destacamento de trânsito eventual que fica apenas afeto, neste caso, à Volta a Portugal”, garantiu a capitão.

O Destacamento de Trânsito Eventual da GNR, responsável pela segurança da 83.ª Volta a Portugal, é composto por um oficial, três sargentos e 23 guardas, dispondo de quatro viaturas ligeiras e 21 motociclos da GNR.