Família de jovem desespera por entrega do corpo

A família do jovem que faleceu na passada quinta-feira, vítima de acidente de mota, no Bairro de São Pedro, em Elvas (ver aqui), concentrou-se na manhã de hoje junto à porta do Hospital de Santa Luzia, desesperada pela entrega do corpo do jovem de 18 anos.

Tatiana Cardoso, tia do jovem, explica que lhe foi dito “que o corpo do jovem seria entregue hoje. Estava tudo tratado para que o corpo fosse entregue ao meio-dia, na igreja de São Domingos. De um momento para o outro, o médico mandou avisar que estava doente e não podia fazer a autópsia. Se nós temos ordem do tribunal para levantar o corpo porque é que não o dão”.

“Pelos vistos, a autópsia ainda nem foi feita. Mas o pai acabou por pedir, como a mãe está muito doente, para que entregassem o corpo mesmo sem fazer autópsia. Se não soubéssemos do que ele morreu, entendíamos. Mas se o pai já pediu para não fazerem e simplesmente entregarem o corpo, não percebemos porque não o entregam”.

Joel Gama Cardoso, também tio do jovem falecido, garante que “não é a primeira vez que esta situação se verifica. Quando a minha avó faleceu, demoraram quatro dias para entregar o corpo. Isto não se faz. Eles estão a gozar connosco. Nós não queremos confusão, mas acabamos por perder a cabeça, porque o sofrimento é muito. Solucionem este problema”.

Manuel Cardoso, tio-avô do jovem, não compreende esta demora para entrega do corpo: “eles sabem qual foi a causa da morte; por isso, não percebo porque estão a demorar tanto tempo. Primeiro era porque ele tinha Covid, agora é porque o médico está doente, mas amanhã já sabe que já está bom. Queríamos honrar este jovem e velá-lo. Os pais estão fartos de sofrer e estamos a falar de uma pessoas de 18 anos. A dor de perder um filho não tem explicação. A família precisa velar e honrar o jovem, para poder descansar. Nós só pedimos, por favor, que nos entreguem o corpo da criança”.

De recordar que o jovem de 18 anos faleceu na passada quinta-feira, dia 31 de março, na sequência de um despiste de mota, no Bairro de São Pedro, em Elvas. A família pede apenas a entrega do corpo do jovem, para que possam fazer o seu velório.