Mocinha regressa à Câmara de Elvas com um voto a favor e quatro abstenções

Na reunião do executivo da Câmara Municipal de Elvas desta quarta-feira, 9 de março, foi votado o pedido regresso do vereador Nuno Mocinha, com a votação a favor de Cláudio Monteiro (PS) e quatro abstenções, dos três eleitos pelo Movimento Independente – Rondão Almeida, Anabela Cartas e Hermenegildo Rodrigues – e a eleita pelo PSD/CDS-PP Paula Calado.

A vereadora Vitória Branco, eleita pelo PS, não esteve na votação.

O, até agora, vereador Tiago Afonso, eleito nas listas do PS, e que se encontrava no executivo devido à suspensão de mandato de Mocinha, deixa o elenco e vai assumir as funções de chefe de Gabinete do presidente da Câmara, comendador Rondão Almeida.

Entre outras alterações devido à saída de um vereador com pelouros distribuídos, a responsabilidade dos serviços da Abegoaria Municipal transita para o vereador Hermenegildo Rodrigues.

Antártica Day promove inclusão através do desenho

Conhecida como a terra do gelo e popular pelos pinguins, a Antártida, ou Antártica, é o segundo continente mais pequeno do planeta Terra. A Antártida não tem habitantes nativos. Todos os moradores que lá residem são investigadores provenientes de várias partes do mundo. Por esta altura, “é verão na Antártida o que faz com que esteja ocupado por investigadores que assim conseguem fazer as suas pesquisas”, segundo Maria do Carmo Oliveira, docente de educação especial no Agrupamento de Escolas nº1 de Elvas.

“Da iniciativa de jovens cientistas, portugueses e brasileiros, foi criado, em 2010, o projeto Antártica Day, no qual participam as escolas básicas de Alcáçova e das Fontainhas. Esta é uma oportunidade da comunidade escolar conhecer melhor um continente tão importante a nível global”, referiu a responsável pela implementação deste projeto nas escolas de Elvas.

Este projeto incentiva os alunos à construção de uma bandeira, alusiva à Antártica. A bandeira de Elvas já está na Antártida e foi transportada por um grupo de quatro mulheres cientistas.

No mês de abril, começa uma nova fase deste projeto que vai incentivar os alunos à escrita de uma história colaborativa, uma vez que vai ser elaborada pelas diversas escolas participantes.

Céu Mirante, docente do ensino básico na Escola das Fontainhas explica que este projeto permite trabalhar “as áreas da língua portuguesa e das novas tecnologias”.

Projeto Antártica Day contou com a participação de alunos da EB1 de Alcáçova e da EB1 das Fontainhas.

Nuno Mocinha regressa à Câmara Municipal de Elvas

Nuno Mocinha (na foto), vereador eleito pelo Partido Socialista nas últimas Eleições Autárquicas, em 26 de setembro, regressou esta quarta-feira, dia 9, a exercer as funções de vereador da Câmara Municipal de Elvas.

“Um lugar para que fui legitimamente eleito e que irei desempenhar com sentido de responsabilidade e na plena defesa dos interesses de todos os Elvenses. Não alimentarei interesses pessoais de ninguém, nem estarei disponível para discussões que não levem a lado nenhum”, pode ler-se num comunicado enviado à nossa redação.

“Esclareço, por opção pessoal e atendendo à minha atividade profissional, que não terei disponibilidade para aceitar qualquer pelouro, não ficando assim a receber qualquer ordenado da Câmara Municipal. Darei o meu melhor, com sentido construtivo e no respeito pelo programa que foi apresentado pelo Partido Socialista nas últimas Eleições Autárquicas. Espero contribuir para a resolução de inúmeros problemas que se veem agravados por uma guerra na Europa, que nos exige verdade, respeito e sentido de responsabilidade”, lê-se ainda no referido comunicado.

Exposição “Ao Pé” inaugurada este sábado em Portalegre

“Ao Pé” é o nome da exposição de Pedro Lunta e Isabel Azerêdo que é inaugurada este sábado, 12 de março.

A Exposição conta com trabalhos criados a partir de velhos moldes de sapatos, que foram plasticamente intervencionados, sendo que estabelecem laços com a língua portuguesa num processo de continuidade ou descontinuidade entre estes e os provérbios ou ditados populares.

A inauguração tem lugar às 17 horas, na Galeria de São Sebastião, em Portalegre.

Redondo cria segunda Equipa de Intervenção Permanente

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o Município de Redondo e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Redondo celebraram um protocolo de colaboração com vista à criação da segunda Equipa de Intervenção Permanente no concelho.

A equipa é constituída por cinco bombeiros profissionais e tem como missão dar resposta, em regime exclusivo e permanente, “às ocorrências que impliquem intervenções de socorro às populações e de defesa dos seus bens”, pode ler-se no protocolo.

O documento “Condições de Contratação e Funcionamento das Equipas de Intervenção Permanente” insere-se no âmbito do projeto “Melhorar a eficiência da proteção civil e as condições de prevenção e socorro”, do Programa do XXI Governo Constitucional.

O protocolo foi assinado pelo presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, brigadeiro-general José Manuel Duarte da Costa, pelo presidente da Câmara Municipal de Redondo, David Galego, e pela presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Redondo, Lurdes Pereira.

Elvas regista 317 casos Covid numa semana

Elvas registou, desde a passada quarta-feira, 2 de março, 317 novos casos de Covid-19.

Até hoje, e desde a mesma data, foram dados como recuperados, no concelho, 200 doentes.

Encontram-se ativos, ao dia de hoje, no concelho, 197 casos de infeção.

No decorrer da última semana, em Elvas, não foi reportado qualquer óbito relacionado com a doença.

Desde o início da pandemia, Elvas registou 6.276 casos de infeção, 41 óbitos e 6.038 altas.

Viana do Alentejo candidata 17 monumentos maegalíticos

O Município de Viana do Alentejo tem 17 monumentos megalíticos que são candidatados a conjunto de interesse nacional, integrando o processo de classificação do megalitismo alentejano.

Desencadeado pela Direção Regional de Cultura do Alentejo, o processo totaliza 2049 monumentos dispersos por vários concelhos e visa a salvaguarda deste património face à destruição que tem sido alvo em resultado de práticas agrícolas associadas a explorações superintensivas.

No que diz respeito ao concelho de Viana do Alentejo, o megalitismo está presente nas três freguesias: dois monumentos em Aguiar, seis em Alcáçovas e nove em Viana do Alentejo. O mais conhecido é a Anta do Zambujeiro, em Aguiar, que se crê que seja um dos mais antigos símbolos construídos da presença do Homem no concelho. Com origens neolíticas, a Anta do Zambujeiro conserva ainda a câmara funerária, o corredor e a laje de cobertura, embora tombada.

De salientar que o conjunto em classificação no Alentejo corresponde à área de maior concentração de monumentos megalíticos da Península Ibérica e uma das mais relevantes à escala europeia.

Exposição reúne coroas de Vila Viçosa, Fátima e Braga

Vila Viçosa vai acolher as celebrações dos 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição, como rainha e padroeira de Portugal, entre os próximos dias 25 e 27, de sexta-feira a domingo.

Integrada nestas celebrações, vai estar disponível a exposição “Três Coroas, a mesma Padroeira”, no dia 27 de março, domingo, entre as 10 e as 17 horas, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

A exposição “Três Coroas, a mesma Padroeira” reúne, pela primeira vez no mesmo lugar, as três coroas das imagens mais significativas do património religioso português: Nossa Senhora da Conceição (Vila Viçosa), Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora do Sameiro (Braga). São vários os temas que unem estas três peças, desde as coroações solenes ao conceito de padroado que, sob a invocação de Maria, se estende a todo o território nacional.

“Gaitas, Mantas e Chouriças” divertiu alunos de Campo Maior

“Gaitas, Mantas e Chouriças” é o nome da peça de teatro apresentada, esta quarta-feira, 9 de março, aos alunos do primeiro ciclo do agrupamento de Escolas de Campo Maior, no Centro Cultural.

Uma sessão divertida e que teve como objetivo retratar três lendas: “A Gaita Mágica”, “Os Três Irmãos” e “Chovem Chouriças”.

Uma das atrizes da companhia Teatro à Solta, Jaqueline Mota, foi a juíza deste espetáculo, com o objetivo de fazer com que as restantes personagens tenham respeito pelo tribunal, algo que como revela, não é tarefa fácil. “É uma personagem diferente, com um lugar sério, e tenta fazer com que as pessoas tenham respeito pelo tribunal, algo que não têm muito, mas ela consegue conduzir e entender, em cada caso e em cada lenda, quem de facto tem razão, mas é um pouco complicado, e todo o espetáculo é uma nova tentativa”.

A atriz destaca o facto de os alunos de Campo Maior serem “muito diferentes, recetivos e atentos às peças apresentadas”, o que a seu ver demonstra que “estão habituados a assistir a espetáculos culturais, o que é muito bom”.

Já Cristóvão Carvalheiro tem três personagens: o gaiteiro, um dos irmãos e um aldeão. “Como é a mistura de três contos, acontecem muitas coisas e, sou uma das pessoas que tentar destruir a parte séria da juíza”, revela o ator.

Tânia Catarino representa também três personagens: a mãe da juíza, que é caricata, uma das irmãs e a mulher do aldeão, que fala muito, e revela que em todos os espetáculos, “há ma componente de comédia, tentando chegar a todos os públicos e que, estes, se identifiquem com o que fazemos e que não achem que vir ao teatro é uma seca, queremos sempre que eles se divirtam muito”.

O ator Marco Paiva, nesta peça, é vendedor de loiça, pai de três irmãos e um homem rico, e garante que é ele “o causador dos interrogatórios no tribunal, que leva a que os miúdos muitas vezes não gostem da minha personagem”, considerando que esta peça demonstra às crianças que “é necessário usar a criatividade para criar novas coisas e não estarem presos ao que foi dito e ir ao teatro é fazer parte integrante da peça”.

Já a vereadora na Câmara de Campo Maior, São Silveirinha, refere que “é importante formar as crianças e jovens para este tipo de dinâmicas educá-las pela arte”, daí o público estar incluído no mês do teatro.

Quanto à peça, a vereadora refere que “está de acordo com os programas curriculares, pelo que juntámos uma série de questões, e assim faz todo o sentido que o público escolar esteja aqui contemplado”.

Equipa de Bruno Batista já chegou a Portugal com refugiados ucranianos

A equipa de Bruno Batista chegou a Portugal esta quarta-feira, 9 de março, com a família de ucranianos que tinha ido buscar à fronteira da Polónia com a Ucrânia.

“O momento não é para fotografias, mas uma das famílias quis eternizar o momento da chegada a Portugal e como forma de agradecimento a todos os que ajudaram a concretizar esta missão. Apesar de tudo, o que representa esta viagem, os sorrisos e a emoção no reencontro com as famílias aqui em Portugal fizeram esquecer, por momentos, as atrocidades que estão a acontecer no seu país”, refere Bruno Batista, nas redes sociais.

“Temos pedido ajuda a marcas e empresas e hoje ainda vamos marcar a data da próxima viagem”, pode ler-se ainda na mesma publicação.

Campo Maior registou 102 casos Covid nos últimos oito dias

Campo Maior registou, desde a passada quarta-feira, 2 de março, 102 novos casos de Covid-19.

Até hoje, e desde a mesma data, foram dados como recuperados, no concelho,  91 doentes.

No decorrer da última semana, em Campo Maior, não foi reportado qualquer óbito relacionado com a doença.

Encontram-se ativos, ao dia de hoje, no concelho, 75 casos de infeção.

Desde o início da pandemia, Campo Maior registou 2.483 casos de infeção, 16 óbitos e 2.392 altas.

Chef Júlio Vintém ensina a confecionar peixe do rio

Foto: Evasões.pt

No âmbito da Mostra Gastronómica do Peixe do Rio, que está a decorrer em Alandroal até domingo, realiza-se no próximo sábado, dia 12, o último de três cursos de cozinha que têm sido organizados pela câmara municipal.

O chef Júlio Vintém vai ensinar novos modos de confecionar peixe do rio, empratar e destacar o peixe do rio na mesa, acompanhamento de peixe do rio e a confeção de um prato. Esta iniciativa “destina-se a qualquer pessoas que queira participar mas carece de inscrição”, de acordo com o chef.

O chef de cozinha refere que “o que distingue o sabor do peixe do rio de Alandroal é a grande massa de água do Alqueva, o que permite uma menor taxa de poluição e de lodo. Em barragens pequenas, o peixe está mais confinado e tem tendência em criar o sabor a lodo mais intenso. É verdade que no Alqueva também há poluição, mas é mais diluída e o seu sabor não se sente tanto. Daí a pureza das águas ser sinónimo de qualidade do peixe”.

As inscrições devem ser feitas através do email inscricoes.mostra@cm-alandroal.pt. Os participantes terão direito a um diploma de participação no final do curso.

Centro Cultural de Campo Maior acolheu a peça “A Gata Borralheira”

O Centro Cultural de Campo Maior recebeu esta terça-feira, 8 de março “A Gata Borralheira”, uma peça de teatro dirigida aos alunos do pré-escolar, produzida pela companhia Teatro à Solta.

Esta versão do conhecido conto de fadas ofereceu uma nova perspetiva da história, adaptada ao público mais jovem, cheia de humor e em constante interação com o público, mostrando que a Gata Borralheira continua a sonhar e acaba mesmo por encontrar a felicidade

Esta foi uma iniciativa inserida na programação de “Março – Mês do Teatro” e “Festival de Leituras Floridas” que decorrem até ao fim do mês.

Santa Casa de Campo Maior recolhe bens para a Ucrânia

A Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, à semelhança de outras instituições, um pouco por todo o país, está a proceder à recolha de diversos tipos de bens, com vista a ser enviados para a Ucrânia.

Tendo em conta que esta “é uma instituição que se associa a causas onde há conflitos, falta de paz ou guerra”, neste caso, a Santa Casa decidiu dar início a esta campanha, porque segundo revele Rosália Guerra, da instituição campomaiorense, “não quisemos deixar de estar perto das pessoas, que precisam de ajuda num momento tão difícil e que a todos nos sensibiliza e, mais do que tudo todos estamos solidários com o povo ucraniano”.

Desta forma, e tendo em conta as necessidades veiculadas pelo próprio povo ucraniano e associações que estão na primeira linha, decidiram dar início a esta campanha solidária. Para tal são solicitados bens, como alimentos que possam “ter uma durabilidade longa, como enlatados, café, chá, cerais, azeite; ao nível de higiene: fraldas, pensos higiénicos, toalhitas, pasta dos dentes, escovas de dentes; também são pedidos abrigos, mantas, sacos cama, toalhas e lençóis, bem como tapetes e tendas de campismo que podem servir de conforto nos vários habitáculos, onde esta pessoas se encontram, assim como medicamentos e primeiros socorros”, revela Rosália Guerra.

Rosália adianta que caso as pessoas tenham bens de maior porte, ou elevado volume de bens, a instituição procede à sua recolha na residência das pessoas, em dia e hora a combinar.

Esta é uma fase planeamento e ainda não está definida a forma como farão chegar os bens, mas Rosália Guerra explica que podem-se associar a “transportes que já estejam previstos para esse fim ou criar uma nova dinâmica”.

“Esta ação termina quando deixar de se justificar a necessidade que, pode também adaptar-se ao povo ucraniano que possa vir para Portugal e estes bens serem entregues a pessoas que residam nas nossas comunidades”, ou seja, “nós estaremos enquanto a necessidade existir”, remata Rosália Guerra.

A população que queira contribuir pode fazê-lo na provedoria da Santa Casa de Campo Maior, de segunda a sexta-feira, das 9 às 13 horas e das 14 às 17 horas.

Segundo prémio do Euromilhões sai em Portugal

O próximo concurso do Euromilhões, na sexta-feira, deve ter um jackpot no valor de 30 milhões de euros, uma vez que nenhum apostador acertou ontem na chave sorteada.

O segundo prémio, no valor de 122 mil euros, saiu a quatro apostadores, um dos quais com aposta registada em Portugal.

O terceiro prémio, de 7148 euros, saiu a 16 apostadores, todos com aposta registada no estrangeiro.

O quarto prémio, de 774 euros, saiu a 46 apostadores, cinco dos quais com aposta registada em território nacional.

A chave sorteada ontem é composta pelos números: 12 – 18 – 21 – 25 – 31 e pelas estrelas 2 e 9.

Esta notícia não dispensa a consulta dos números através do portal dos Jogos Santa Casa.

Fórum em Campo Maior aborda a mulher na sociedade atual

De forma a assinalar o Dia Internacional da Mulher, o auditório da Escola Secundária de Campo Maior recebeu ontem, terça-feira, 8 de março, o Fórum Mulher, intitulado “A Mulher na Sociedade Atual”, uma iniciativa do Município, com o apoio do Agrupamento de Escolas, dirigida aos alunos do ensino secundário.

Numa sessão moderada por Bárbara Nunes, participaram, enquanto oradoras, Dionísia Gomes, coordenadora da Ação Social do Grupo Nabeiro; Francisca Russo, presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Campo Maior; Margarida Palmeiro, diretora Técnica da Farmácia Campo Maior; Maria Lama, bailarina e coreógrafa profissional; e Rosalía Perera Gutiérrez, advogada e empresária.

Durante a manhã, perante um auditório repleto de jovens, foram abordados diversos temas relacionados com o papel da mulher na nossa sociedade, dificuldades, conquistas e desafios para o futuro.

Estiveram presentes, na sessão, Jorge Grifo, presidente da Assembleia Municipal; os vereadores São Silveirinha, Paulo Almeida e Fátima Vitorino; Olga Madeira e Sandra Rosa, em representação das Juntas de Freguesia de Degolados e da Expectação, respetivamente; e Jaime Carmona, diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior.

Gota d’Arte reúne esforços para apoiar refugiados que vão chegar a Elvas

Com a convicção que, nos próximos dias, muitos cidadãos ucranianos deverão chegar e ser acolhidos em Elvas, a Gota d’Arte está a promover uma campanha, dividida em três vetores, para a criação de um banco de tradutores que dominem a língua ucraniana, ou russa, assim como bancos de empregos e alojamentos.

Até ao momento, garante o presidente da direção da associação elvense, Luís Rosário, há já muita gente a integrar a base de dados da Gota d’Arte, empenhadas em ajudar e a contribuir de alguma forma. “Queremos ajudar e encontrámos aqui estes três vetores que achamos essenciais no que diz respeito, agora, ao papel que vamos ter todos, a nível de comunidade, para receber estas pessoas”, começa por dizer.

Para Luís Rosário, é essencial que estas pessoas sejam recebidas por outras que falem a mesma língua e, daí, apelar-se às comunidades de ucranianos, moldavos ou russos, em Elvas, porque serão todos “uma peça fundamental desde o momento da receção, para perguntar a estas pessoas de que é que precisam, até ao apoio para traduzir um currículo ou certificado de habilitações”. “É nesse sentido que estamos a pedir esta ajuda”, adianta.

Ao nível das oportunidades de trabalho, Rosário revela que esteve já reunido no Centro de Emprego de Elvas, para que se possa trabalhar em conjunto, no sentido de se solicitar às empresas algumas oportunidades e, para já sobretudo, destinadas a mulheres. “Perceber as ofertas que existem, mas também solicitar ajuda às empresas que tenham postos de trabalho que se adaptem”, foi o principal objetivo, diz ainda. Para além disso, e tendo em conta que estas pessoas não falam português, será necessário encontrar ofertas que “não exijam muito discurso”.

Até ao momento, foram já estabelecidos alguns contactos com empresas, “mas poucos”, para as necessidades que vão surgir, acredita Luís Rosário, que apela ainda às entidades para que, através dos contactos presentes no cartaz desta campanha (ver mais abaixo) para que possam inscrever neste banco de empregos.

Numa tentativa de “antecipar o problema”, a Gota d’Arte, garante ainda o presidente da associação, quer ser uma das muitas soluções que vão ser necessárias, tendo-se já conseguido várias respostas ao nível do alojamento, por mais que esta seja considera “a área de apoio mais difícil”.

A Gota d’Arte, lembra ainda Luís Rosário, é uma das associações que integra a CLASE, rede que, do seu ponto de vista, deve trabalhar “em equipa e de forma coordenada”. Quanto às iniciativas que têm decorrido em Elvas, quer de recolhas de bens para serem entregues na Ucrânia, quer da intenção de ida de veículos para trazer, para porto seguro, dezenas de famílias, Luís Rosário diz ser necessário que estas ações sejam coordenadas, para que “não terminem incompletas”.

Elvenses unidos lançam conta solidária para ir buscar refugiados ucranianos

A guerra que se vive na Ucrânia, e que tem levado milhares de pessoas a fugir para países fronteiriços, tem gerado diversas campanhas de solidariedade.

Exemplo disso é o facto de, tal como tínhamos noticiado anteriormente (ver aqui), dois colaboradores da emprega GCI, da qual o elvense Bruno Batista é CEO, depois de uma campanha de recolha de edredons, levada a cabo pela mesma, em Lisboa, rumaram até à fronteira da Polónia com a Ucrânia para trazer um grupo de refugiados.

Bruno Batista revela que, nessa ação, a sua equipa “apercebeu-se da história de uma menina de dois anos, que estava com a mãe, a duas horas da fronteira com a Polónia e que só tinha insulina para uma semana; assim, foram numa carrinha de nove lugares com bens e chegam hoje a Portugal”, com um grupo de 14 pessoas, porque, segundo diz são “incapazes de virar as costas”. Bruno Batista conseguiu também apoio governamental e garante que será feita toda a integração das pessoas com NIF e sistema nacional de saúde.

Depois da divulgação feita por si, nas redes sociais, várias pessoas em Elvas mobilizaram-se para que um autocarro possa trazer ainda mais refugiados. “Elvas tem um coração do tamanho do mundo, porque muitas pessoas se mobilizaram, desde a primeira hora, como o Pedro Ortiz, o Joaquim Valadas, a Rosário, que encontrou o melhor preço para o autocarro, o João Artilheiro, o Luís Pinheiro, a Cláudia Brotas, e conseguimos começar uma onda solidária para mandar um autocarro”.

O elvense realça a “capacidade de mobilização” das pessoas de Elvas, para integrar igualmente estas pessoas, sendo que pelo menos duas famílias ucranianas ficarão em Elvas. “O Joaquim Valadas já tem duas carrinhas e casa para duas famílias ucranianas que já estamos a localizar; têm sido incansáveis e vamos conseguir ajudar mais pessoas e paralelemente também estamos em contacto com empresas que se disponibilizaram para trazer mais pessoas para Portugal”.

A equipa de Elvas sai este domingo, com duas carrinhas, e vai trazer as duas famílias para a cidade. Bruno Batista garante ainda que é importante que estas pessoas “se integrem, quando chegarem ao nosso país”, pelo que têm procurado grupos de pessoas que tenham ligações a Portugal, estando “a trabalhar para que estas pessoas tenham emprego”.

É agora necessário trazer um total de 44 pessoas, que já estão sinalizadas e se encontram na fronteira da Polónia com a Ucrânia.

Pedro Ortiz, pessoa que está, de certa forma, a coordenar esta ação, em Elvas, afirma que, após alguns contactos, perceberam que para fazer a viagem eram necessários dez mil euros, para trazer estas pessoas para Portugal. “Através de um contacto que tenho em Elvas, uma senhora, que organiza viagens, deu-me o contacto de uma empresa do norte que nos poderia fazer um preço em conta, porque chegámos à conclusão que para fazer oito mil quilómetros, num autocarro de longo curso, com todas as condições, precisávamos de dez mil euros”.

Por isso, foi aberta uma conta solidária, em nome de Pedro Ortiz para conseguirem atingir esse valor, onde “não caem mais donativos do que os necessários e assim que se atingirem os dez mil euros, a mesma será fechada. Pedimos o apoio de todas as pessoas, para conseguir juntar esse valor e trazer essas pessoas”.

Estas pessoas já têm um local para ficar, uma vez que têm família no nosso país. Há, pelo menos, três pessoas que têm família em Elvas e ficarão na cidade. Pedro Ortiz adianta ainda que “há uma empresa, em Campo Maior, que se disponibiliza a dar trabalho, a quem precise, apesar das pessoas irem para as zonas onde têm família a residir”.

“Neste momento, o que é mesmo necessário transporte para estas pessoas e organizar tudo da melhor forma. Falámos com socorristas dos bombeiros e estamos em contacto com a Proteção Civil, para levar técnicos no autocarro para acompanhar as pessoas e só falta mesmo que as pessoas nos ajudem a atingir essa verba”, remata Pedro Ortiz.

Que quem quiser ajudar nesta ação que pretende trazer 44 refugiados ucranianos, de autocarro, para o nosso país, pode fazê-lo através do seguinte IBAN: PT50 0045 6163 4035 3417 6398 1.