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Forças russas já entraram em Kiev

Foto: Daniel Leal/AFP

As forças russas já entraram em Kiev. Esta manhã, na capital da Ucrânia, foram ouvidos tiros e explosões e as sirenes voltaram a tocar. O Ministério da Defesa da Ucrânia avança que os militares russos se encontram, em concreto, numa zona residencial que fica a cerca de dez quilómetros a norte do centro da capital da Ucrânia.

Um conselheiro do presidente da Ucrânia disse que Volodymyr Zelensky vai continuar na capital para “demonstrar a resiliência do povo ucraniano”.

Entretanto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou, em conferência de imprensa, que a Rússia decidiu atacar a Ucrânia para “desmilitarizar e libertar o país do neonazismo”, garantindo que a Rússia está sempre aberta à solução diplomática.

O Kremlin deixou ainda um aviso de que a Rússia vai responder às sanções ocidentais, adotando medidas “simétricas ou assimétricas”. “As medidas de represália vão surgir, é claro”, garantiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Segundo o Gabinete de Direitos Humanos da ONU, pelo menos 25 civis morreram e 102 ficaram feridos nos “bombardeamentos e ataques aéreos” na Ucrânia. A porta-voz da ONU admitiu, no entanto, que é provável que “este número seja substancialmente superior”, uma vez que é difícil contabilizar o número real de vítimas num cenário de guerra.

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