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Escolas de Elvas “perdem” dezenas de professores nos próximos anos

Mais de 300 professores e educadores de infância vão reformar-se entre janeiro e fevereiro deste ano, deixando as escolas com mais falta de quadros e aumentando os casos de alunos sem todos os professores atribuídos.

As previsões apontam para a entrada na reforma de, pelos menos, 18 docentes do Agrupamento de Escolas nº3 de Elvas, até 2025. É um número muito elevado, sobretudo porque “não há docentes suficientes para dar resposta às necessidades dos próximos anos”, de acordo com a diretora Fátima Pinto.

Fernanda Claro, professora de físico-química há praticamente 42 anos, está a um ano de se reformar. Garante que ainda não tem “vontade de deixar de exercer”.

Já no Agrupamento de Escolas nº1 de Elvas, “reformaram-se em 2021 três professores e mais cinco aguardam a conclusão do processo, o que nos faz sentir algumas dificuldades em encontrar professores”, como nos referiu a diretora Paula Rondão.

A professora explica que “renovar o quadro de docentes leva, pelo menos, cinco anos o que vai fazer com que pessoas que estão fora da área do ensino tenham que começar a dar aulas, como já acontece com os engenheiros informáticos”.

Manuel Cabacinho é exemplo de um professor que, mesmo em idade de reforma, continua a lecionar devido ao corte, “de cerca de 300 euros” que iria sofrer no rendimento mensal. “Torna-se muito desgastante e ao fim destes anos todos já não conseguimos exercer da mesma forma”, sublinhou.

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