Uma equipa de investigadores do Instituto Ciências da Terra (ICT), da Universidade de Évora, e do IDMEC, do Instituto Superior Técnico, quer reforçar o seu conhecimento sobre o asteroide Didymos e a sua lua (Didymoon) e alterar a sua rota.
Em comunicado, a academia alentejana explica que este objetivo será concretizado através do projeto NEO-MAPP/ESA, missão HERA, numa colaboração entre a ESA (Agência Espacial Europeia) e a NASA (Agência Espacial Norte Americana), e que representa “um contributo importante para o conhecimento sobre os asteroides, para a Engenharia Aeroespacial em Portugal e para a aposta da Universidade de Évora no Aeroespacial”.
Assim, “no passado dia 1 de dezembro, a partir de uma base na Califórnia”, o projeto “lançou a missão DART, ou Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo, com o objetivo de tentar mudar a trajetória do asteroide binário Didymos, que se encontra a 11 milhões de quilómetros da Terra, o equivalente a 2.5 vezes a distância da Terra ao sol, ir e voltar”.
De acordo com a universidade, a “missão DART pretende desta forma gerar um impacto a 25 mil km/h contra o asteroide binário Didymos (o asteroide Didymoon de 170 metros de diâmetro que orbita em torno do Didymos de 780 metros). Além da cratera, prevê-se a alteração imediata de 1mm por segundo na velocidade do asteroide que, com a força da gravidade, acabará por influenciar a trajetória do elemento maior do par”. Os investigadores referem ainda que, após dez anos, essa alteração na rota pode representar um desvio de centenas de quilómetros.