São muitos os projetos, enquadrados naquilo que é a Estratégia Local de Habitação do concelho, que o Município de Elvas tem preparados para, dentro em breve, começar a avançar com obras, para dar resposta às necessidades das famílias mais carenciadas, mas não só.
Previstos neste plano, que envolve um investimento previsto a rondar os 47 milhões de euros, sempre tendo por base os fundos, sobretudo ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que a autarquia consiga captar, estão centenas de fogos habitacionais, entre o centro histórico da cidade e as freguesias rurais, o Caia e o Bairro das Pias, mas também um parque empresarial e a recuperação do cineteatro municipal.
Foi para dar a conhecer estes projetos, a começarem em 2022, e com ano de término apontado para 2026, que o presidente da Câmara, Rondão Almeida, quis reunir ao final da tarde desta terça-feira, 7 de dezembro, com um conjunto de empresários do setor da construção civil, entre empreiteiros, construtores e projetistas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Rondão Almeida quis deixar claro aos presentes nesta reunião que não dá nada como garantindo, sendo que as obras só poderão avançar no caso de se conseguir financiamento para elas acima dos 90 por cento.
Relativamente ao parque empresarial, que inclui um investimento a rondar os 12 milhões de euros, ao nível das infraestruturas, e mais oito milhões, na aquisição do terreno, Rondão Almeida lembra que é necessário, agora, “negociar com os donos dos terrenos”, numa altura em que já começam a surgir, garante, empresas que se querem fixar em Elvas.
O alargamento do antigo lar de Santa Eulália, num valor de 500 mil euros, e a construção do Centro Social de Santa Luzia, avaliada no mesmo valor, são outros dos projetos incluídos nesta Estratégia Local de Habitação. Quanto à recuperação do cineteatro municipal de Elvas, o investimento feito será de um milhão de euros.
No espaço de aproximadamente quatro anos, a Câmara espera conseguir adquirir e reabilitar cem fogos no centro histórico, num investimento de 6, 2 milhões de euros. Até 2023, a intenção é de reabilitar 11 fogos no centro histórico (385 mil euros), dez fogos em Barbacena (350 mil euros) e 30 no Caia (1.275.000 euros). Pretende-se ainda recuperar 134 habitações na Boa-Fé (4.690.000 euros) e 48 no Bairro das Pias (4.650.000 euros). No caso das Pias, explicou Rondão Almeida, as habitações existentes serão demolidas, sendo que os habitantes daquela zona da cidade não serão realojados noutro local. Para tal, a obra será feita por fases, com recurso a contentores, para ir albergando as famílias.
Ao nível das freguesias rurais, está prevista a recuperação de 27 fogos (nove em Vila Boim, seis na Terrugem, quatro em Santa Eulália e Barbacena e dois em Vila Fernando e São Vicente), num total de 2.900.000 euros.
Entre 2022 e 2023, a autarquia quer ainda construir cinco fogos em Santa Eulália e outros tantos em São Vicente, projetos que envolvem o investimento de um milhão de euros, assim como 60 fogos a custos controlados na Quinta dos Arcos (3.500.000 euros), e reabilitar 24 fogos no antigo Centro Educativo de Vila Fernando (1.020.000 euros).