Rute Santos é a nova diretora da Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE), sucedendo no cargo a José Manuel Rato Nunes.
Médica veterinária de formação, é professora nesta escola do Politécnico de Portalegre há 21 anos e coordenadora do curso de Equinicultura. Já foi subdiretora desta instituição de ensino superior, assim como presidente do conselho técnico-científico. Assim sendo, garante que, e conhecendo bem a ESAE, reúne as competências necessárias para assumir esta nova função. “Nós queremos estar abertos à comunidade envolvente. Elvas tem nos sabido acolher e nós também queremos dar a nossa parte e contribuir, na medida do possível, para a cidade no seu todo e a atividade em Elvas”, começa por dizer.
Este é o ano letivo com o maior número de sempre de novos alunos nos cursos lecionados na ESAE, algo que, na verdade, se traduz “em novos desafios”. “É o ano em que tivemos o maior número de alunos, de sempre, e também em que temos mais ofertas formativas a funcionar, em simultâneo, fruto do trabalho que tem vindo a ser feito, ao longo dos anos, que nos deixa felizes”, comenta a nova diretora. A capacidade das instalações da ESAE, contudo, começa a “ser curta e limitada” para acolher tantas formações e alunos. Ainda assim, Rute Santos garante que este é um “bom desafio, um bom problema”, até porque é “melhor ter procura e ter que resolver como acomodar as atividade, do que o inverso”.
Apesar de um período complicado de pandemia, a nova diretora lembra que houve sempre capacidade de dar continuidade às atividades letivas, ora online, ora presencial, apesar do impacto que esta fase teve na formação. Agora, e dentro do possível, Rute Santos quer ver essas lacunas colmatadas. Durante os últimos dois anos, os alunos não tiveram a experiência daquilo “que é viver o Ensino Superior”, pelo que, neste regresso às aulas, há pretensão de dinamizar outras atividades extracurriculares, levando-os, acima de tudo, a quer vestir a camisola da Agrária. “Isso é muito importante: sentirem que fazem parte da escola”, diz ainda, depois de um período que considera que foi “castrador” para todos.
Outro dos problemas identificados diz respeito à falta de oferta de alojamento, em Elvas, para os alunos. “A maioria dos alunos são de fora da cidade. É verdade que está prevista e já adjudicada a construção de uma nova residência, que vai colmatar muitas das lacunas, porque acresce à oferta que já dispomos, na nossa residência, e à oferta local, que também importante, com os locais, que disponibilizam acomodação para os nossos alunos”, assegura Rute Santos. Este problema tem tentado sido resolvido, estabelecendo parcerias com unidades hoteleiras locais. “Tem havido aqui uma boa colaboração com estas entidades e tem sido possível, mas não vou mentir: não há cem por cento de alunos cem por cento satisfeitos com a sua acomodação, mas isso também não há lado nenhum”, remata.
Rute Santos tomou posse no passado dia 2 de novembro em Portalegre, tendo, no dia seguinte, nomeado Márcia Oliveira como subdiretora da Escola Agrária de Elvas.
Docente na Agrária há 18 anos, na área das Ciências Económicas e Empresariais, Márcia Oliveira entre 2013 e este ano, desempenhou funções de vereadora e vice-presidente da Câmara de Estremoz.
De regresso à escola, a docente garante que aceitou o desafio que lhe foi lançado, sobretudo, pela “confiança, respeito e admiração” que tem pelo trabalho, quer do novo presidente do Politécnico de Portalegre, o professor Luís Loures, bem como de Rute Santos. “Aqui estamos, para nos próximos anos, continuar a trabalhar para que a escola e o instituto continuem a crescer”, começa por dizer. “É nosso entender que a escola é um dos polos mais importantes de desenvolvimento da cidade de Elvas”, adianta.
Aqueles que são encarados como um problema, na atualidade, Márcia Oliveira encara-os como “uma oportunidade”: no que diz respeito à falta de alojamento, a Agrária dá aqui uma hipótese àqueles que têm habitações na cidade de as recuperar, para, posteriormente, as alugar aos estudantes. “Ao nível do transporte, com a Câmara Municipal, acredito que também possa ser feito um trabalho para que se possam suprir essas falhas”, assegura.
Relativamente à eleição de Luís Loures, docente na Agrária, enquanto presidente do Politécnico, Márcia Oliveira garante que é “um orgulho enorme” para esta instituição de ensino, assegurando que acredita que o mesmo terá uma postura imparcial nas suas decisões, sempre em prol das várias escolas.