A decisão por parte da direção do Centro de Bem-Estar Social (CBES) de Arronches em reduzir o horário de funcionamento, em meia hora, neste novo ano letivo, da creche e do infantário da instituição, tem gerado alguma indignação entre os pais das crianças, que agora se dizem desprovidos de soluções alternativas.
Com o regresso dos mais pequenos a estas duas valências, a 1 de setembro, depois do encerramento, de 15 dias, em agosto, para férias, há pais que alegam que só foram informados desta redução do horário, no próprio dia, e já depois das 16 horas.
A situação, para alguns, causa vários transtornos, que agora se veem impedidos de ir buscar os filhos, às 17.30 horas. Também a redução do número de funcionários nestas valências do CBES gerou alguma apreensão.
Estas acusações por parte destes encarregados de educação, contudo, e segundo o presidente da direção do CBES, Carlos Rodrigues, não são totalmente verdade, assegurando que o novo horário foi afixado no infantário e que os pais foram alertados, via telefone, para essa alteração. “Este novo ano letivo funciona das 8 às 17.30 horas, um horário ainda superior à escola pública. A escola pública fecha por volta das 15.30 horas e tem atividades de enriquecimento curricular, que nós damos gratuitamente”, explica.
Quanto aos três trabalhadores, antes afetos à creche e ao infantário, Carlos Rodrigues explica que foram transferidos, um para o lar residencial e dois para o lar de idosos, tendo em conta as necessidades da instituição, bem como o número atual de crianças a frequentar o Centro de Bem-Estar Social. “Se eu tinha, no ano passado, mais alunos em creche, e este ano temos três, que não têm necessidade do mesmo número de trabalhadores para eles, reduziu-se o número de funcionários”, adianta.
O CBES, garante ainda Carlos Rodrigues, com 76 trabalhadores, que dão resposta a cerca de 150 utentes, abrangidos pelas várias valências da instituição, “tem de gerir os recursos humanos da forma como entende e como é necessário fazer”. “Não podemos estar a gerir isto de forma leviana”, assegura.
O número de trabalhadores, atualmente, afetos ao infantário, isto é, um educador e um auxiliar, explica ainda o presidente do CBES de Arronches, tendo em conta o número de crianças, que são atualmente 25, é “o que a lei permite”. Ainda assim, e em caso de necessidade, acrescenta Carlos Rodrigues, haverá sempre uma funcionária destacada para “dar apoio à sala em que poderá fazer falta, no momento”.
O presidente da direção do Centro de Bem-Estar Social de Arronches alerta ainda os pais das crianças para o facto de haver mecanismos, previstos na lei, que possibilitam, junto das entidades patronais, arranjar soluções que lhes permitam ir buscar aos filhos ao infantário, mesmo durante o seu horário de trabalho.