Elvas: família queixa-se da falta de respostas para retirar animal morto da sua porta

Um cão de grande porte, de raça pastor alemão, foi encontrado morto, na manhã desta quarta-feira, 11 de agosto, no Bairro de São Pedro, em Elvas, em frente à moradia de uma família, que terá entrado em contacto com a PSP e a Abegoaria Municipal de Elvas, para que o animal dali fosse retirado. Nas duas situações, alegadamente, ter-lhe-á sido recusada qualquer ajuda e resolvida a situação.

Daniela Burrinhas, filha dos proprietários da moradia, explica que o animal foi encontrado morto, por si e pelo seu pai, por volta das 10 horas. “Telefonámos para a polícia e a resposta que nos deram é que não era nenhum caso de polícia. Ligámos para a abegoaria e não nos souberam dar uma resposta sequer, de quando é que iriam buscar o cão, porque não há ninguém de serviço”, explica.

Em última instância, Daniela Burrinhas entrou em contacto com os Bombeiros Voluntários de Elvas, tendo acabado por ser mesmos os soldados da paz a resolver a situação, na presença de dois agentes da PSP, já depois das 15 horas. “É uma situação de saúde pública. Brincam aqui crianças, portanto, acho que não é muito agradável uma situação destas”, refere ainda.

Perante a situação, a Rádio ELVAS entrou em contacto com o responsável pela abegoaria municipal, o vice-presidente da Câmara Municipal de Elvas, Cláudio Carapuça, que explica que o município “só tem competência se se vier a comprovar que o animal não tem dono”.

Neste caso concreto, “o animal foi encontrado morto, com alguns indícios de maus-tratos. Nestas circunstâncias, dado que é crime, em primeiro lugar, o abandono do animal, mas também os maus-tratos ou a própria morte do animal, em primeira instância, quem tem de ser contactadas são as forças de segurança, para fazerem as perícias que entenderem, no âmbito de despistarem quaisquer indícios que comprovem e que sirvam para que o crime possa chegar ao Ministério Público”, explica Cláudio Carapuça.

Só depois disso, adianta o vice-presidente, “em articulação com os serviços municipais, o cadáver tem de ser recolhido, para ser incinerado, porque, na realidade, estes animais não são enterrados, são incinerados através de uma prestação de serviços com uma empresa especializada na matéria”.

Entretanto, a Rádio ELVAS procurou ainda respostas junto da PSP, tendo o Comandante do Comando Distrital de Portalegre da PSP informado que “estão já a decorrer averiguações internas e tomadas as devidas diligências”, relativamente a esta situação apara que não se repita no futuro.