Em tempos de pandemia, as pessoas com demência, bem como as suas famílias, foram bastante afetadas, uma vez que viram as suas rotinas serem alteradas, bem como o apoio direto que é prestado nas instituições.
No caso da Santa Casa de Campo Maior, e como explica Rosália Guerra, as necessidades destas pessoas agravaram-se, “porque as famílias viveram a situação do confinamento sem a ajuda que tinham em contexto normal”. Com o fecho dos centros de dia e dificuldade de acesso aos domicílios das pessoas, “o número de pedidos de informação, por email ou telefone, aumentou, até por parte de pessoas, fora do concelho de Campo Maior, que tinham familiares em situação de vulnerabilidade, mas principalmente de demências”.
Rosália Guerra afirma, que apesar do trabalho feito pelo Gabinete Alzheimer Maior, da Santa Casa de Campo Maior, nesta questão das demências, sente que há ainda muito a fazer, pelo que têm disponibilizado “os serviços do Centro de Dia para estas pessoas, porque sempre procurámos dar uma resposta para satisfação das necessidades destas pessoas e dos seus cuidadores, bem como uma orientação para a sua estimulação e ocupação diária”:
Agora, com o desconfinamento as visitas domiciliárias já foram retomadas, “estamos a acompanhar os cuidadores em sede de domicílio atendendo às necessidades das pessoas, bem como os seus cuidadores e família”, revela ainda Rosália Guerra.
Gabinete Alzheimer Maior, da Santa Casa da Misericórdia, que viu aumentar, durante a pandemia, o número de pedidos de ajuda, até fora do concelho, no que aos cuidados e necessidades de pessoas com demência diz respeito, por parte das suas famílias.