Em Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o Museu Militar de Elvas abriu hoje, 18 de abril, as suas portas, para a realização de visitas guiadas a duas casamatas das Fortificações Abaluartadas.
Apesar de os museus encerrarem às segundas-feiras, lembra o diretor do museu, o coronel Nuno Duarte, decidiu-se proporcionar, a quem assim o entendeu, a oportunidade de dar a conhecer espaços, que por norma não são visitáveis. “Casamatas não são mais que câmaras abobadas, que se encontram no interior de um obra, no sentido de poderem de bater e defender áreas que são mais próximas da cortinha da muralha”, explica.
Se uma das casamatas já antes tinha sido alvo de visitas, a outra é a primeira vez que recebe visitantes. Ambas, revela ainda o coronel, tinham as mesmas funções, ainda que uma delas seja “no interior da muralha seiscentista e a outra numa obra exterior à muralha”. Com tipologias diferentes, uma destas duas casamatas chegou a servir de espaço de arrumações do Regimento de Infantaria. “Fizemos a limpeza, reparámos e transformámos o espaço, outra vez, à época do século XVII”, revela Nuno Duarte
O Museu Militar de Elvas, defende ainda o diretor, que tomou posse há pouco mais de um mês, para além de todas as exposições temáticas, que vão, entre outros, desde os arreios, aos hipomóveis, ao armamento coletivo, à saúde e às comunicações, tem “algo mais”, até porque “as próprias muralhas são museu”. “As próprias muralhas pertencem ao património da cidade, que faz este ano dez anos que é património da UNESCO, e é interessante ver que, nestes 25 por cento das muralhas em que o museu tem essa responsabilidade, existem todas as obras que existem numa fortificação abaluartada: desde os baluartes, aos cavaleiros, às obras coroas, aos revelins”, lembra Nuno Duarte.
A primeira das visitas guiadas de hoje teve início às 10 horas. A segunda e última sessão está marcada para as 15 horas. Qualquer pessoa pode participar, de forma totalmente gratuita.
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi instituído a 18 de abril de 1982, pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) e aprovado pela UNESCO no ano seguinte. Desde então, esta data comemorativa tem vindo a oferecer a oportunidade de aumentar a consciência pública relativamente à diversidade do património e aos esforços necessários para o proteger e conservar, permitindo, ainda, chamar a atenção para a sua vulnerabilidade.