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Campo Maior: em “experiência cognitiva muito rica”, idosos da Santa Casa voltaram a produzir as famosas flores de papel

A Feira de Santa Maria de Agosto, em Campo Maior, voltou a contar, na edição deste ano, com a colaboração daqueles que, outrora, foram alguns dos verdadeiros obreiros das Festas do Povo e que, com a sua arte, ajudavam a transformar o papel em flores: idosos que hoje vivem os seus dias aos cuidados da Santa Casa da Misericórdia.

Numa “experiência cognitiva muito rica”, diz Rosália Guerra, uma das responsáveis da instituição, durante vários meses, e com o apoio dos técnicos, auxiliares e voluntários, os idosos voltaram a colocar mãos à obra. Durante o evento, os utentes tiveram também oportunidade de visitar a feira e, ali, ver o seu trabalho exposto. “Participámos ativamente na criação de um troço do jardim municipal, ou seja, durante muitos meses, planeámos e executámos a ideia de um troço”, começa por explicar.

Para além do trabalho prático, a atividade serviu também para que os utentes pudessem “recordar memórias”, até porque “muitos deles foram cabeças de rua” das Festas do Povo. O apoio dos voluntários, adianta Rosália Guerra, foi importanten não só no que diz respeito à conceção das flores, mas também ao processo de enramação.

Recordando que estes foram meses de muito trabalho, mas também de muita aprendizagem, Rosália Guerra destaca a “partilha de aspetos culturais e de vivências de antigamente”, entre utentes e colaboradores, no decorrer dos trabalhos. “Do ponto de vista prático, vamos sempre aprendendo a executar trabalhos mínimos, no que diz respeito à execução das flores e, sobretudo para quem não é de Campo Maior, é sempre uma experiência de aprendizagem muito significativa”, remata a responsável.

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