A Igreja de Santa Luzia, em Elvas, acolhe, na noite desta quarta-feira, 5 de fevereiro, uma Vigília de Oração pela Vida Consagrada.

Esta será uma vigília, de acordo com o padre Ricardo Lameira, entre outros, pelas irmãs teresianas, concepcionistas e cooperadoras da família que, em muitos casos, viram a própria família virar-lhe costas pela decisão que tomaram ao seguir o chamamento. “Dá-nos muito jeito ter as irmãs, mas elas não caíram do céu, elas saíram de famílias concretas”, começa por dizer o pároco.

“De certeza que, como em todos os tempos, os pais de algumas delas não queriam que as filhas fossem para o convento ou para a vida consagrada. Talvez – e este talvez não é um talvez – haja alguém a que, ainda hoje, os pais não lhe falam, pela decisão que ela tomou de se entregar a Cristo”, acrescenta.

Na sua casa, e não sendo filho de pais praticantes, Ricardo Lameira lembra que “gostavam muito de falar mal dos padres”. “Tudo aquilo que eles falavam caiu-lhes em cima e agora já não falam mal, porque percebem, por aquilo que fizeram, o que é que os outros fazem do filho dele”, adianta.  

“Não saímos de famílias lá do céu. Se logicamente que se os pais não tinham fé, também não tinham muito interesse que eu fosse padre. A última vez foi quando, na véspera da minha ordenação de padre me disseram ‘filho, ainda tens umas horas para desistir’, com toda a dureza que isto teve para eles e para mim”, recorda ainda.

Ricardo Lameira diz ainda que seria “importante” que todos quantos pudessem estar presentes nesta vigília de oração, “no sentido da comunhão e para pedir a Nosso Senhor que mande mais (padres e irmãs)”. O início da vigília está marcado para as 21h15.