A exposição Jose Manuel Ballester-Godofredo Ortega Muños. Paisajes Pensados” abre ao público no sábado, 21 de outubro, no MEIAC, em Badajoz.
A mostra foi organizada e produzida pela Fundação Ortega Muñoz, o Comissariado de Javier González de Durana e estará patente até dia 31 de março de 2024.
Nos últimos dois séculos, numerosos artistas, sem deixar de lado as peculiaridades das suas linguagens criativas, interpretaram obras de outros artistas que os precederam no tempo. Com isso, prestaram homenagem àqueles cujo trabalho admiraram, considerando, no processo, a resolução dos mesmos problemas de temática, composição, cor, que interessavam aos antigos mestres, mas de épocas, estilos, sensibilidades e concepções diferentes da vida.
A criação destas obras de arte não implica uma limitação para os seus autores, mas sim um desafio. José Manuel Ballester assumiu a tarefa de traduzir Godofredo Ortega Muñoz do presente. Apesar de ter passado pouco mais de meio século entre as obras dos dois artistas, as diferenças são tão grandes quanto evidentes as suas coincidências. O fotógrafo não tentou em nenhum caso “copiar” o pintor, mas procurou compreender a natureza da sua pintura e o significado da paisagem que lhe interessava, com o recurso da memória.
Tal como Ortega Muñoz pintava relembrando aspectos essenciais dos territórios que tinha visto, Ballester, pensando nas pinturas do Extremadura, partiu para fotografar os campos da Extremadura, Castela, Andaluzia, La Rioja e Lanzarote.
A exposição “relaciona pinturas de Ortega Muñoz feitas há algumas décadas com fotografias atuais tiradas por Ballester. Tendo em mente a iconografia da Extremadura, Ballester aceitou o convite da Fundação e, lançado a percorrer caminhos semelhantes e a contemplar territórios semelhantes, só que impregnado do espírito do pintor, olhou para o território e sentiu uma emoção semelhante.