O chamado período crítico de incêndios chegou ao fim no último dia do mês passado, sendo que, na região, viveu-se, este ano, neste aspeto, um verão “tranquilo”, segundo o comandante dos Bombeiros de Elvas, Paulo Moreiras.
“Em Elvas, não tivemos ocorrências que se possam dizer dignas de registo. Foram tudo coisas de pequenas dimensões, mas também fruto daquilo que é a capacidade de resposta imediata e eficaz, perante as ocorrências que tivemos no nosso concelho”, garante.
Ainda assim, os Bombeiros de Elvas, à semelhança do que tem acontecido em outros anos, foram chamados a ajudar outras corporações, um pouco por todo o país, combatendo diversos fogos. “Estivemos no Fundão, estivemos na Covilhã, no Médio Tejo, na zona de Castelo Branco; fomos ainda dar apoio a um incêndio que ocorreu na zona de Odemira: tudo isto acarreta um esforço logístico brutal, tudo isto acarreta um gasto muito grande, mas o que é certo é que toda esta ajuda que nós demos fora do concelho e do distrito, não provocou constrangimentos naquilo que é a resposta interna de socorro”, revela Paulo Moreiras.
Recordando, por outro lado, as cheias que, em dezembro do ano passado, fizeram estragos elevados, sobretudo em Campo Maior, e assegurando que há “precauções que devem ser tomadas” pela população, Paulo Moreiras garante que, os fogos rurais são apenas “uma pequena percentagem” das emergências registadas na região.
“Não são só os incêndios que nos devem preocupar: temos uma série de obras de grande envergadura a ocorrer na nossa região; temos um tráfego ferroviário sobrecarregado pelas obras da via férrea da Beira Baixa, pelo que há muito mais composições ferroviárias a circularem no nosso concelho e tudo isto traz riscos acrescidos. Mas cá estaremos para planear e tentar antecipar muitos destes problemas que possam vir a ocorrer”, remata.